Bom dia

Quem não conhece o passado está condenado a repeti-lo, dizia o pensador George Santayana.
O Brasil conhece o passado: Collor acusou Lula de querer confiscar a poupança, ganhou a eleição e quem a confiscou foi ele. A história acontece como tragédia e se repete como farsa, dizia o pensador Karl Marx. O Brasil vive o pior dos mundos: conhece o passado e o repete; e a farsa é trágica.

Nem assim tive o cuidado com as coisas da internet e fiquei esse tempão fora do ar. Esperamos voltar tudo ao normal até quinta feira.

Conselho político do governo Camilo

O governador do Ceará eleito nas Eleições 2014, Camilo Santana (PT), participou na manhã de ontem, sexta-feira (31) de um café da manhã com presidentes dos 18 partidos da base aliada da coligação “Para o Ceará Seguir Mudando”, no Hotel Oásis Atlântico, na Beira-Mar. Participaram também do encontro a vice-governadora eleita, Izolda Cela (PROS), o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Zezinho Albuquerque (PROS), e o deputado federal eleito com mais votos, Moroni Torgan (DEM).
Durante a reunião, foi ressaltado o grande trabalho realizado pelo prefeito de Fortaleza,Roberto Cláudio (PROS), e do Secretário da Saúde, Ciro Gomes (PROS), durante a campanha para eleger Camilo. Cada presidente trouxe ideias para os caminhos a serem seguidos daqui para frente e ficou decidido pela criação de um Conselho Político, com reuniões periódicas, para debater os temas críticos do estado do Ceará e consolidar o plano de governo.
“O Conselho Político será um fórum importante para traçar os rumos do desenvolvimento político, social e econômico do Ceará. Eu já abri este diálogo no começo desta campanha e quero fortalecê-lo durante todo o mandato. A ideia é criar esse documento para que a população possa acompanhar, possa cobrar”, avaliou Camilo.
O presidente da AL, Zezinho Albuquerque, enfatizou a necessidade de continuar os avanços conquistados durante o governo de Cid Gomes (PROS): “Nem parece que o governador Cid Gomes está em fim de mandato, parece que está no começo, pois são muitos projetos que temos que dar continuidade. Eu passei uma semana no Governo do Estado e assinei várias ordens de serviço. Quero parabenizar o Camilo e a Izolda pela vitória e temos muito o que conversar, um por um. Devemos criar esse conselho para nos reunir para abordar os principais problemas do Estado”.
Izolda Cela complementou a ideia de continuar o trabalho que tem sendo feito, agora sob uma nova identidade. “Gostaria muito que, sob a liderança do Camilo, possamos daqui a quatro anos estar festejando mais mudanças. Com alegria, com trabalho, vamos fazer esse Ceará seguir mudando. Esse é um governo novo, temos essa referência e respeito pelo governador Cid, tenho a honra de dizer que trabalhei para ele e sou sua fã, mas temos que reavaliar coisas, analisar conceitualmente determinadas áreas para corrigir o que precisa ser corrigido. Esse é um desejo do próprio Cid”, disse.
Participaram do encontro presidente dos seguintes partidos: Democratas (DEM), Partido Comunista do Brasil (PC do B), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Ecológico Nacional (PEN), Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Partido da Mobilização Nacional (PMN), Partido Progressista (PP), Partido Pátria Livre (PPL), Partido Republicano Brasileiro (PRB), Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Democrático (PSD), Partido Social Liberal (PSL), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Trabalhista do Brasil (PT do B), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Trabalhista Nacional (PTN) e Partido Verde (PV).

Amanhã tem eleição na Ucrania


Ucrânia – Regiões separatistas farão eleição neste domingo

“Os separatistas pró-russos do Leste da Ucrânia farão eleições no próximo domingo (2). Uma votação considerada ilegal por Kiev, pela União Europeia (UE) e Organização das Nações Unidas (ONU) e reconhecida apenas pela Rússia. As eleições, para escolher os líderes e os parlamentos regionais, ocorrem uma semana depois das votações legislativas nacionais vencidas pelos partidos pró-europeus.
O acordo de cessar-fogo assinado em setembro na Bielorrússia previa a convocação de eleições locais nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk para 7 de dezembro, mas, no final de setembro, os dirigentes das duas Repúblicas autoproclamadas não aceitaram quaisquer eleições organizadas por Kiev no território que controlam.
Recusando o estatuto especial que foi concedido por Kiev e reafirmando a independência que proclamaram unilateralmente em abril, os líderes de Donetsk e Lugansk anunciaram a intenção de organizar eleições locais no dia 2 de novembro.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, advertiu na terça-feira (28) que as eleições dos separatistas são ilegais ante a Constituição ucraniana e põem em risco o processo de paz, contrariando o espírito e o acordo assinado em Minsk no dia 5 de setembro. A Rússia, no entanto, anunciou que vai reconhecer os resultados das eleições de Donetsk e Lugansk, que considera legítimas.”
(Agência Lusa)

Turismo

CDR discute políticas públicas de estruturação dos destinos turísticos

A estruturação dos destinos turísticos brasileiros será tema de debate na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). A audiência pública, marcada para a próxima quarta-feira (5), faz parte da nova forma de avaliação de políticas públicas prevista em resolução do Senado.
A comissão elegeu a estruturação dos destinos turísticos como política pública para a avaliação por considerá-la essencial para o setor. O tema envolve o desenvolvimento das regiões turísticas, a elaboração de planos regionais de desenvolvimento do setor, a melhoria da infraestrutura e a mensuração da competitividade dos destinos, entre outras ações.

O goleiro canta

O cantor Júlio Iglesias incluiu Fortaleza na temporada de shows que fará, neste fim de ano, pelo Brasil. Ele vai se apresentar no dia 29 de novembro, a partir das 22 horas, no Iate Clube.

O ódio à democracia

O antidemocratismo manifestado em ano eleitoral não é resultado de um sistema ainda imaturo, mas de um processo que se consolida e começa a incomodar
Antonio Cruz / Agência Brasil
Recife
Santinhos são jogados no chão de locais de votação no Recife. O antidemocratismo manifestado em ano eleitoral não é resultado de um sistema ainda imaturo, mas de um processo que se consolida e começa a incomodar







A polarização, cada vez mais acentuada entre os dois principais partidos do País, levou candidatos, eleitores-internautas, internautas-eleitores e parte da mídia a se comportar como torcedores de arquibancada nas últimas semanas, em especial no último domingo, 26 de outubro, quando a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita. A tônica variava, mas tinha uma mesma base: não bastava expressar o voto, era preciso eliminar o concorrente e quem vota no concorrente – principalmente se ele não tem o mesmo repertório, a mesma escolaridade, a mesma (e suposta) independência material. Daí as agressividades identificadas tanto no submundo da internet quanto nas vozes de autoridades, personalidades e celebridades – que se engajaram na campanha atual, com apoio de um lado a outro, como nunca antes na história.
A essa altura, atribuir a um ou a outro a primazia do primeiro tacape será inútil. É preciso entender por que a agressividade se avoluma à medida que o sistema democrático se constrói – pois sua construção é um exercício permanente. Não é um fenômeno local: na Europa, onde o sistema é vigente há mais tempo, os intelectuais se batem há tempos sobre as contradições do chamado “reino do excesso” e das demandas pulverizadas (“mesquinhas”, segundo muitos) de um conjunto de indivíduos, muitos representantes de minorias – e não, para desespero das velhas oligarquias, de uma multidão uniforme.
Em um país como o Brasil, onde privilégio ao nascer e hegemonia política e econômica foram sinônimos ao longo da história, a ascensão de determinados grupos antes subjugados têm produzido todo tipo de ofensa ao chamado “individualismo democrático”. Sobram patadas sobre pobres, gays, lésbicas, negros, "comunistas", mulheres. Um exemplo foram as manifestações de ódio contra a população nordestina, onde o PT conquistou muitos votos. A repulsa chega com todos os disfarces, mas pode ser identificada, por exemplo, quando um ex-presidente da República atribui um resultado adverso (para ele e os seus) à cegueira coletiva dos “menos instruídos”.
No livro Ódio à Democracia, recém-publicado no Brasil pela Boitempo Editorial, o filósofo franco-argelino Jacques Rancière deixa pistas para entender este fenômeno. Um fenômeno que, a se fiar pela experiência europeia e pelos últimos embates, será cada vez mais comum por esses lados. A obra é uma crítica contundente à denúncia do “individualismo democrático” – que, segundo ele, cobre, com pouco esforço, duas teses: a clássica dos favorecidos (os pobres querem sempre mais) e das elites refinadas (há indivíduos demais, gente demais reivindicando o privilégio da individualidade). “O discurso intelectual dominante une-se ao pensamento das elites censitárias e cultas do século XIX: a individualidade é uma coisa boa para as elites; torna-se um desastre para a civilização se a ela todos têm acesso”, escreve. Para o autor, não é o individualismo que esse discurso rejeita, mas a possibilidade de qualquer um partilhar de suas prerrogativas. “A crítica ao ‘individualismo democrático’ é simplesmente o ódio à igualdade pelo qual uma intelligentsia dominante confirma que é a elite qualificada para dirigir o cedo rebanho”.
Qualquer semelhança com os últimos capítulos da eleição não é mera coincidência. No prefácio da mesma obra, o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de ética da USP, lembra que um número expressivo de membros da classe média ainda desqualifica os programas sociais consolidados nos últimos anos. “Para eles, o Brasil era bom quando pertencia a poucos. Assim, quando a multidão ocupa espaços antes reservados às pessoas 'de boa aparência', uma gritaria se alastra em sinal de protesto. O que é isso, senão o enorme mal-estar dos privilegiados?”, questiona. “A expansão da democracia incomoda. Daí um ódio que domina nossa política, tal como não se via desde as vésperas de um golpe de 1964, condenando as medidas que favoreciam os mais pobres como populistas e demagógicas”.
Em coro com Rancière, Janine Ribeiro lembra que a democracia não é um Estado acabado nem um estado acabado das coisas; ela vive constante e conflitiva expansão. “Porque a ideia de separação social continua presente e forte”.
Ao menos nas últimas semanas, esta ideia parece ter tomado proporções graves nas manifestações de ódio pelas ruas e redes sociais. Como se o mesmo país fosse pequeno demais para dois (para não dizer muitos) tipos de eleitores: um deve ser enviado a Cuba, o outro, a Miami; um deve ter o direito de voto cassado, o outro tem o direito apenas de calar. O não-diálogo é escancarado, sobretudo por quem costumava observar o espaço público como sua propriedade e hoje se rebela contra o "Estado protetor" e o voto "mesquinho" dos indivíduos. Mas a democracia, prossegue Rancière, longe de ser a forma de vida dos indivíduos empenhados em sua felicidade privada, é o processo de luta contra essa privatização, o processo de ampliação dessa esfera. "Ampliar a esfera pública não significa, como afirma o chamado discurso liberal, exigir a intervenção crescente do Estado na sociedade. Significa lutar contra a divisão do público e do privado que garante a dupla dominação da oligarquia no Estado e na sociedade”.

Bom dia

Exiba _MG_6427.JPG na apresentação de slides

15 mil pessoas, se reuniram em Icó, na última quinta-feira, 30, para comemorar a festa da vitória das eleições de Laís Nunes, a deputada estadual, e, Domingos Neto, à deputado federal.