Propaganda ofensiva proibida

O juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/CE), Luiz Roberto Oliveira Duarte, informou ontem que não autorizou nenhuma “propaganda ofensiva à honra e à imagem de qualquer candidato”.

A decisão, segundo o magistrado, julgada no último domingo, teve como base “apenas um caso concreto relativo à representação de direito de resposta intentado pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB), cujo pedido de direito de resposta foi indeferido por não inferir no material constante dos autos, qualquer referência ao nome do deputado”. O juiz esclarece que a decisão adotada "não possui efeitos gerais, não se aplicando a casos futuros".

Proibição
Com base na matéria publicada no jornal O Estado na última segunda-feira, sob o título “Juiz libera propaganda de Cals”, a assessoria da coligação “Por Um Ceará Melhor Pra Todos", do governador Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição, esclareceu que continua mantida a proibição da Justiça Eleitoral de que qualquer candidato utilize-se do conteúdo da matéria da revista Veja, divulgada na semana passada, para fins eleitorais. Na última quarta-feira, 22, o juiz Luiz Roberto Oliveira Duarte determinou que cessasse, imediatamente, a veiculação de programas eleitorais com a referida reportagem, por configurar propaganda irregular, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Cancelada
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, não vem mais a Fortaleza. Marina cumpriria ao lado do candidato ao Governo do Estado, Marcelo Silva (PV), caminhada pelas ruas do Centro de Fortaleza. A visita chegou a ser confirmada, na tarde de ontem, pela assessoria do partido. Mas, à noite, foi cancelada por incompatibilidade na agenda da presidenciável. A ideia é aproveitar a visita de Marina para retomar a Caravana Verde pelos estados do Nordeste.

Caristia: pão pode ter reajuste

COnfirmado o que este blog disse faz mais de 10 dias
O pão e outros produtos derivados do trigo poderão sofrer novo reajuste de preço até dezembro. A previsão é do diretor da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Eugênio Pontes, que compõe a comissão organizadora do I Congresso Internacional de Massas, que vai ocorrer no Rio de Janeiro, no mês de outubro.

Segundo ele, o evento é importante por ser a primeira vez que vem para o Brasil e porque vai discutir tudo sobre trigo, especialmente a subida de preço e dificuldades na aquisição do produto.

“O trigo continua subindo de preço, porque o produto agora está nas mãos dos especuladores que entraram nesse comércio, sabendo das dificuldades de abastecimento”, alertou. Informou também que apenas os fundos de investimentos compraram nos Estados Unidos cerca de 12 milhões de toneladas do produto, para estocar, visando obter preços mais elevados.

“Quando isso acontece, normalmente, é certo que vai haver aumento de preço do trigo, porque está nas mãos dos especuladores, que vão soltando o produto, aos poucos, com o preço fora de mercado”, lamentou, adiantando que a tonelada de trigo em grão, hoje, está custando cerca de US$ 320, representando quase o dobro, pegando ainda o acréscimo do frete pago pelo transporte.

IMPORTADO
De acordo com o representante da Abitrigo, o trigo importado, no momento, é proveniente dos Estados Unidos e Canadá e, devido à distância entre os dois países, o preço fica mais caro. “Somente quando entrar trigo novo, no início de 2011, é que se pode pensar na queda do preço, justificou, lembrando que a Argentina está oferecendo 13 milhões de toneladas de trigo, mas para entrega depois de dezembro.

PRODUÇÃO ARGENTINA
Eugênio Pontes reconhece que a Argentina está oferecendo uma grande quantidade do produto, porque produz entre quatro e cinco milhões de toneladas, além do que vinha fazendo nos anos anteriores. O Brasil consome, por ano, cerca de dez milhões de toneladas e produz apenas a metade, tendo que importar o resto, submetendo-se a algumas dificuldades, incluindo o preço alto.

Prefeito de Juazeiro do Norte pode ser cassado

Foto de Neta Bulhões


Manoel Santana (PT) diz que a iniciativa é porque não pagou "mensalão" a vereadores
Por Roberto Bulhões
Especial para O Estado

O prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana, disse em entrevista coletiva, na tarde de ontem, que a tentativa de cassar o seu mandato por parte dos vereadores, é simplesmente porque ele não cedeu ao pagamento de “mensalão” a maioria dos edis juazeirenses. Santana “disparou” contra a Câmara Municipal diante de um auditório lotado de simpatizantes, dizendo que vem sendo vítima de uma perseguição ferrenha por parte da imprensa e da maioria dos vereadores que compõe o legislativo juazeirense. O prefeito desclassificou a Comissão Processante que pede sua cassação, dizendo ter sido formada a “toque de caixa, é tendenciosa politicamente.” Ele assegurou que tudo que disse vai levar ao Ministério Público.

Santana afirmou ainda que “desde o momento que assumi a prefeitura comecei a ser perseguido e assediado por alguns vereadores, que queriam dinheiro a todo custo. Como não cedi e não vou ceder de forma alguma, eles querem tomar um mandato legítimo, dado pelo povo de Juazeiro”. Com relação à sessão da câmara no dia de hoje, o prefeito disse que tentou, por diversas vezes, conversar com os vereadores, “mas, até agora, eles não cederam e estão escondidos sem sequer responder as minhas ligações”. Na coletiva, o prefeito Santana respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas e revelou que chegou a conclamar todos os vereadores para fazer um pacto pelo Juazeiro, “porém não fui atendido”.

Demonstrando muita preocupação diante das dificuldades em conseguir reverter sua possível cassação, Santana disse que está com a consciência tranquila e confia em Deus e no povo de sua terra. O prefeito revelou também que determinou na semana passada a suspensão de todos os contratos feitos entre o município e as empresas acusadas de fraude nas licitações da Secretaria de Educação. Até a hora da sessão da Câmara de Vereadores, nesta terça-feira, o clima será tenso em toda cidade, por isso a Policia montou um esquema especial de segurança para evitar confrontos. A sessão vai ser transmitida ao vivo pela TV local, já que o legislativo juazeirense não comporta tanta gente em suas dependências.

Primeira página do Jornal O Estado

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Coluna do blog

Guimarães de Zé Dirceu, as companhias de Santana

Qual dos dois é mais safado...
Numa dessas eleições aí dividi meu tempo entre o litoral norte, Camocim e Acaraú e a capital. Acompanhava campanha pra prefeitos. Foi uma aula, a mais didática da minha vida, de como se faz política com sacanagem, desrespeitando tudo o que cê possa pensar que um dia uma eleição venha a ter. Além de o povo ficar o dia inteiro de porta em porta de candidato pedindo as coisas e prometendo votar, tem o dia D. A véspera da eleição. Em Camocim, vi, na madrugada, famílias inteiras nas calçadas das casas, esperando “o homem” passar com redes, pneus de bicicleta, sacos de cimento, lençóis, dinheiro. Dinheiro vivo. A Polícia tonta com as ligações de adversários, uns dos outros gritando ao telefone... Doutor, na rua tal tão dando saco de cimento. Olheiros atentos avisam pro entregador e o povo volta para suas cadeiras nas calçadas. Uma loucura até de manhã. Urbi et orbi. Na cidade e na roça. Em Granja é pior. Não sentam à calçada, não. Ficam com a porta da casa entreaberta e recebem as “doações” pela compra do voto dentro de casa. Quem der mais leva o voto. É uma prática criminosa, irresponsável e viciosa. O monstro está criado e dificilmente será morto tão cedo. No dia 3 de outubro, se a Polícia Federal, o Ministério Público Eleitoral, a imprensa, quem quiser, é só ir pra Granja ou Camocim. A coisa ali será repetida com a mesma intensidade de uma eleição pra prefeito. Tudo isso deixa uma dúvida na cabeça da gente, sobre quem é mais safado, se o eleitor, se o candidato.

É hoje
Nesta terça-feira, a Câmara Municipal de Juazeiro põe em campo a Comissão Processante que quer comer o fígado do prefeito Manuel Santana. Sem humildade, Santana, que foi um bom vereador, desdenhou de ex-colegas e está entrando numa fria aparentemente sem retorno. Pode perder o mandato na sessão de hoje que começa às 3 horas. Na foto, Manoel Santana e seu principal defensor, José Nobre Guimarães.

• tiririca -
O milhão de votos que Tiririca poderá ter nas urnas, em São Paulo, estão atubibando o juízo dos paulistanos de 400 anos.

• medo -
Desmoralizados, os paulistas inventaram: 1) ele sonegou o IR; 2) ele é um deboche; 3) o slogan dele é corrosivo à política; 4) O Tiririca não sabe ler, nem escrever.

• discriminação -
Cheios de preguiça, porque sempre tiveram quem lhes fizesse desde casas a escolas, praças e avenidas, os paulistas não suportam que alguém do andar de baixo suba a escada.

A terra do povo
Francisco Bessa, do Idace, definirá no Incra, no DF, a situação de 248 mil famílias que dependem da levantamento fundiário que o Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará está concluíndo.

• fazer o que não fez -
“...Se for reeleito, além de continuar trabalhando pelos cearenses, vou incentivar a formação de novos líderes, que tragam sangue e ideias novas para que a corrupção... blá, blá, blá...” - Tasso Jeresissati.

• coisas de paulista -
Netinho de Paula bate em mulher. Tiririca é analfabeto. Assim São Paulo trata os dois fenômenos populares no Estado e que poderão ser os mais votados da história. Nas entrelinhas, um é negro outro é palhaço e cearense.

• enlouqueceram -
Agora circula um e-mail idiota pela net, e o pior é que chega na caixa postal da gente, falando que as urnas já estão cheias de 4 pra 3. Assim: a cada 4 votos contados, 3 vão pra Dilma.

• doidice -
A coisa é tão maluquete, que no final o criador da fantasia surta de vez: “Faça chegar isso a algum militar que ele enrederá a arrumação”. E eu pensando que as viúvas da ditadura tinham... cê sabe.

macariob@uol.com.br

Bom dia

A certeza de Deus é a certeza da vida eterna.
Hoje choramos a saudade de Carmelo Arden Quin.
O criador do Movimento Madi. Quantos de nós
iremos sem nos movermos na criação de coisa
alguma é a liçao que fica pra quem criou a vida
na arte que Arden Quin tirou do universo.

Morre o artista uruguaio Carmelo Arden Quin, fundador do movimento Madí

Estive com Arden Quin duas vezes. Ambas em sua residencia, em París.
O primeiro encontro. Nos jardins de sua casa, nos arredores de Paris, Arden Quin recebeu este repórter para um almoço regado a um bom vinho. Comemos queijos, alguns iguarias francesas e passamos pelo menos 4 horas conversando sobre Madi, sua vida e sua obra e, por fim, o Museu em Sobral, conseguido graças ao empenho de dois jovens artistas plásticos, um cearense, o José Guedes, outro o pernambucano Jaildo, que mora em Paris faz mais de 20 anos. Ambos apaixonados por Madi e suas manifestações. Arden Quin doou a Sobral algumas de suas obras mais importantes, no valor de milhares de dólares. Não veio para a inauguração mas um dia disse pra mim de sua enorme satisfação em ver o Movimento Madi sendo expandido pelo mundo.



Reprodução
Obra do uruguaio Carmelo Arden Quin, fundador do movimento Madí

PARIS, 27 Set 2010 (AFP) - O uruguaio Carmelo Arden Quin, fundador do Madí, um dos movimentos artísticos mais importantes da América Latina, morreu nesta segunda-feira aos 97 anos em sua casa na periferia de Paris, informou sua esposa, Sofía Arden Quin.

O artista plástico, nascido em 1913 em Rivera Uruguai, perto da fronteira com o Brasil, morreu de forma tranquila em sua casa em Savigny sur Orgue, informou Sofía.

Arden Quin é considerado o fundador do Movimento Madí, que nasceu em 1946, em Buenos Aires.

"Sou um pintor Madí. Madí é uma postura filosófica, ética, não política. Uma de suas premissas é que o universo é geométrico, e que a obra não tem um limite estabelecido", explicou Quin em uma entrevista à AFP em meados de abril.

"Madí nasceu com um manifesto de Arden Quin postulando, entre outras coisas, que a geometria mantém o Universo e que o formato como a forma total deve ser uma criação única. Madi aboliou o quadro, o fez parte essencial da forma da obra", explicou.

Um dos museus dedicados ao Movimento Madí se localiza em Sobral, no Ceará, e há projetos para a construção de outro em São Paulo.