Cerveja tem vitamina que combate anemia, revela pesquisa



Uma pesquisa feita pela Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que a cerveja, assim como as verduras de cor escura, tem vitamina B9 (conhecida como ácido fólico ou folato). A vitamina é importante no combate à anemia e doenças cardiovasculares.

A pesquisadora e engenheira de alimentos Ana Cecília Poloni Rybka, responsável pela pesquisa, explica que as análises foram feitas em três tipos de cerveja produzidas no Brasil: pilsen, sem álcool e malzbier. "Os resultados mostraram que a cerveja tem cerca de 20 microgramas de folato por 100 ml. Uma lata tem de 17 a 20% das quantidades de vitamina B9 recomendada (por dia, para um adulto)." A pesquisadora analisou cinco formas de folato e encontrou três deles na bebida. "Mas não podemos dizer que a cerveja supre carência desse nutriente", explica.

Além da vitamina B9, foram analisadas na pesquisa as quantidades de compostos fenólicos (antioxidantes, substâncias que combatem o aparecimento de radicais livres na corrente sanguínea) nas cervejas.

A cerveja malzbier respondeu às análises com mais que o dobro de compostos desse tipo do que as cervejas pilsen e sem álcool. A cerveja sem álcool apresentou teor abaixo, porém similar ao teor encontrado em cerveja pilsen, tanto de folatos como de compostos fenólicos.

A pesquisadora diz, no entanto, que consumir cerveja em excesso não garante o suprimento necessário de vitamina. "O consumo excessivo de álcool causa diversos males ao organismo, inclusive prejudica a absorção de vitaminas, entre elas o próprio folato", diz. "Mas existem estudos que revelam que o baixo consumo de álcool não possui esta capacidade prejudicial."

Nutrientes
A cerveja é rica em vitamina B9, mas não supre carência desse nutriente, alerta a nutricionista
Consumo moderado de álcool faz bem para cardíacos, diz estudo
Mito ou verdade: tomar vinho no jantar melhora a digestão?
Ciência tem saída para rubor de orientais ao beber
25% da população toma 80% do álcool consumido no Brasil.

Penso eu - Mes dificil. No finalzinho é que vem uma boa notícia, assim como essa.

Lula fará despedida ‘coletiva’ de ministros na quarta

Lula antecipou em três dias a saída dos ministros que trocarão a Esplanada pelos palanques.

O prazo legal para a desincompatibilização é 3 de abril. Mas a despedida foi agendada para esta quarta (31).

Será um adeus coletivo. Escalou-se a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff para discursar em nome dos que saem.

No mesmo dia, serão empossados os substitutos. No geral, assumem o comando das pastas os atuais secretários-executivos.

No Ministério da Agricultura, uma exceção. Ali, vai à cadeira de ministro o presidente da Conab, Wagner Rossi.

Rossi é apadrinhado do presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP). Conta com o respaldo da bancada ruralista.

Em discurso dirigido aos que ficam, Lula recordará que o governo só termina em 31 de dezembro. Vai cobrar mangas arregaçadas.

Manchetes desta terça feira

- Globo: Lula lança plano para além de 2014, a 9 meses de sair

- Estadão: Atentado no metrô de Moscou mata 38

- Correio Braziliense: Programa de Aceleração da Candidata de Lula

- Valor: Meta do PAC 2 derruba ações de construtoras

- Jornal do Commercio: Operação-padrão na PM

Opinião

Mais sensores buracos assaltos
A violência urbana com vítimas fatais em Fortaleza está indo além dos limites de tolerância em convivência social e com sério agravante: não há explicação para tantas mortes. As pessoas estão sendo executadas, nas vias públicas, simplesmente, por que tentam fugir da abordagem dos bandidos. Que País é este onde as pessoas matam pelo prazer de matar? Quantas vítimas já foram executadas na Capital cearense sem esboçar a mínima reação em defesa da vida? Será que é crime fugir de bandido? Será que é exploração eleitoral alguém comentar esses sucessivos assaltos e mortes, como disse o Governador do Estado? Fortaleza está entre as cidades brasileiras detentoras dos maiores índices de violência e, no País que ostenta o troféu de não possuir um só projeto nacional de combate ao tráfego de drogas, gerador da violência infanto-juvenil.

Aonde andam as autoridades cearenses que não rompem insensível silêncio? Será que a sociedade não merece alguma explicação sobre essa onda de crimes? Estão aguardando o quê? Que mais vítimas sejam executadas, sumariamente, na Via Expresso, na Avenida Raul Barbosa, Avenida Washington Soares e nas proximidades das favelas conhecidas e familiarizadas por quem diz ser autoridade no Estado e na prefeitura de Fortaleza.
Os nossos gestores públicos não estão de braços cruzados. São competentes e ágios. Semanalmente instalam dezenas de sinais de trânsito e sensores para redução de velocidade nas avenidas citadas no parágrafo anterior, especialmente na Via Expresso e Avenida Washington Soares, somente para multar e faturar milhões. Isso é um vale tudo por dinheiro. Por que não salvar a vida de um pai ou mãe de família?

O Governador do Estado sabe, assim como sabe a Prefeita de Fortaleza que os locais preferidos dos assaltantes são os cruzamentos com sensores e ainda sem policiamento ostensivo amparado pelo setor policial de inteligência. Os senhores sabem também que não existem políticas públicas de segurança em seus governos e sabem muito bem que a AMC e DERT esbanjam multas registradas por sensores em locais preestabelecidos. Soma-se a essa criminalidade ausência de vocação administrativa da gestora municipal, que deixou chegar o inverno de 2010 com os buracos da fase invernosa de 2009, em céu aberto. Mais buracos, mais sensores e mais sinalização geram mais assaltos e mais mortes, inexplicáveis. Senhor Governador dos cearenses e senhora Prefeita dos fortalezenses. Silêncio nunca será defesa!


Hélder Cordeiro - Jornalista

Bandidos são mortos ao tentarem assaltar policial

Uma tentativa de assalto contra um cabo da Polícia Militar terminou de maneira diferente dos últimos assaltos cometidos contra PMs no Ceará: dois bandidos foram mortos durante a ação criminosa às 20 horas de ontem, na rua Júlio Lima, bairro Cidade dos Funcionários.
De acordo com o comandante da viatura 404, da 4a Cia do 5o Batalhão, cabo Paulo Rogério Silva de Moura, o colega de farda estava em um veículo Fiesta de cor vermelha e placas MXT-6606 e parou ao lado da praça daquele bairro para falar ao celular. Os bandidos chegaram anunciando o assalto e um deles ainda apontou a arma para a cabeça do PM. O policial reagiu segurando a arma do criminoso com a mão esquerda e em seguida disparou contra os assaltantes com uma pistola Ponto 40.
Jonnathan Maia Henrique, 17, e Adriano Freitas da Fonseca morreram na hora. De acordo com o PM Paulo Rogério, o adolescente foi solto havia sete dias após ser apreendido por assalto. O outro assaltante também respondia a procedimentos de assalto. “O Adriano já fez saidinhas bancárias e agora estava assaltando na companhia do outro rapaz”, disse. Os dois são moradores do Conjunto Santo Afonso, em Fortaleza.

Várias viaturas do Ronda do Quarteirão, da 4a Cia do 5a estiveram no local, assim como do Comando de Policiamento da Capital (CPC). Policiais civis e o delegado Antunes Teixeira também foram à cena do crime. O clima entre os familiares dos mortos era de comoção. Um familiar desmaiou ao ver o corpo do jovem ao solo. Ao lado do corpo estava a arma utilizada no assalto, um revólver 38.

Segundo testemunhas que foram encaminhadas para o 13o Distrito Policial (DP), que fica ao lado da praça e o policial que baleou os assaltantes, existia um terceiro bandido, que conseguiu fugir. “Eles ainda desconfiaram que eu fosse policial, mas ficaram na dúvida. Disse que poderiam levar o carro, mas num momento de distração por parte deles, reagi”, afirmou o PM que se apresentou na delegacia após o ocorrido. O policial ainda ficou com um arranhão no braço devido ao movimento brusco de pegar a arma do assaltante.

Para os moradores do bairro Cidade dos Funcionários, os bandidos dominam a área deixando todos temerosos. “Não se pode trabalhar por aqui direito. Tem sempre um que fica observando a movimentação”, disse um comerciante.

População cerca-se em pequenas fortalezas; é a indústria do terror

Por Aline Pedrosa
Especial para O Estado

Pequenas fortalezas. Essa é atual realidade da cidade onde vivemos. As pessoas, por conta da violência, fecham-se em suas residências. Grades, cercas, muros altos, uma verdadeira prisão. Nos carros, vidros alto mesmo diante do calor, fumê, blindagem, câmeras. A insegurança deu lugar à tranquilidade da Fortaleza de outrora, onde as pessoas sentavam-se nas calçadas para conversar. Essa prática, até no interior tem sido menos decorrente. O crack e a exclusão social são os principais alastradores desse medo.

A pensionista Antônia de Farias, desde que foi assaltada na Via Expressa, tem medo de dirigir. “Estou com pânico. Fico olhando para os retrovisores o tempo todo”, fala. Ela assume que vê os programas policiais para saber o que acontece na cidade. “Sei que há uma espetacularização, mas tudo aquilo é verdade. Quando minhas filhas saem de casa fico acordada a noite toda. Isso é vida?”, questiona.
De acordo com o pesquisador do Laboratório do Estudo da Violência (Lev), da UFC, Ricardo Arruda, a mídia dá uma visibilidade maior em casos de assassinatos, casos rumorosos. “Estamos diante da crise da pessoa humana. Às vezes a gente se acha no velho oeste, é a chamada aceleração do medo”, afirma. Ele desenvolve pesquisa na área de homicídios, mais especificadamente pistolagem, desde 2003.

Nicho social
“Não necessariamente a cidade está mais violenta, mas, sim, a visibilidade que hoje é dada a determinados casos”, acredita Ricardo Arruda. Ele ainda enfatiza que crimes contra as classes mais abastadas recebem uma maior atenção na mídia. “No mesmo dia em que houve o latrocínio contra a empresária Marcela Montenegro, houve também a morte de um jovem na Praia do Futuro, e este caso não ganhou tanta repercussão”, reafirma.
Para o pesquisador, a mídia dá lucro para as empresas de segurança. “É o chamado lucro do terror”, completa. Ele ainda repudia os programas policiais que desrespeitam os direitos humanos. “Esse tipo de imprensa coloca uma lente de aumento. A mãe que vê aquilo, na mesma hora vai ter medo de que seu filho saia de casa”, fala. Porém, Ricardo Arruda pontua que não se pode generalizar, pois existem muitos veículos sérios.

“FOBÓPOLIS”
A população, diante dessa insegurança, passa a ficar mais desconfiada, é a chamada “fobópolis”. “O pior é que as pessoas não confiam mais nas autoridades e na política, e cada vez mais querem se armar”, completa. Segundo pesquisas, os homicídios que acontecem na Capital, em 90% dos casos são pelo uso de armas de fogo e por pessoas de até 30 anos de idade.

Um coronel aposentado que preferiu não se identificar, disse que, apesar de possuir a autorização para o porte de armas, sua família pede para que ele não a use. “Mês passado fui assaltado e chamado de vagabundo pelo ladrão. Nesse momento, agradeci não estar portando arma de fogo, pois poderia não estar aqui hoje para contar a história. Os bens materiais vão e vêm, já a vida é única”, finaliza.

Desafio de jovens lideranças


Por Priscila Teixeira

Bruno Girão tem 32 anos e é diretor-presidente da Companhia Brasileira de Laticínios (CBL) – Betânia. É formado em Administração com foco em logística e finanças, pela Northeastern University (Boston- USA). O empresário lembra que conheceu a Associação dos Jovens Empresários (AJE) e de cara, identificou-se com o pensamento daqueles jovens que, assim como ele, preocupavam-se não só com o ambiente empresarial, mas também com questões sociais, políticas e econômicas em um sentido mais amplo. “Descobri um ambiente com pessoas bacanas pra conversar, pra discutir diferentes temas. Entender como as empresas crescem, como elas quebram, como elas inovam. Temas que nem num ambiente de faculdade você discutia com tanta liberdade”. Confira alguns trechos da entrevista:

Qual a importância da AJE para o jovem empresário?
É de grande relevância. Normalmente é na AJE que os jovens empresários ainda em formação, têm suas primeiras experiências em relacionar-se com outros jovens empresários fora do seu conhecimento familiar; têm acesso a participar dos primeiros debates sobre temas que extrapolam a esfera de discussão empresarial tradicional, como por exemplo: desenvolvimento regional, responsabilidade social, meio ambiente. Têm acesso a conhecer a história de outros líderes que não necessariamente são empresários, mas têm relevantes serviços prestados à nossa sociedade como: cientistas, religiosos, políticos e etc. Enfim, estes jovens que passam pela AJE têm seu nível de consciência crítica elevado, ampliam a sua responsabilidade como líderes e consequentemente sua missão como empresário.

Como você define sua passagem pela Associação?
A minha gestão foi muito voltada para o aprendizado do associado. Fizemos muitos encontros internos de formação pois acreditávamos que naquele momento, os nossos associados precisam ampliar o nível de conhecimento sobre algumas questões relevantes por exemplo: desenvolvimento e desigualdades regionais. Além disto, realizamos alguns eventos importantes como a palestra com a dra. ZILDA ARNS – coordenadora da Pastoral da Criança e a Missão Internacional para China – que foi a maior missão internacional da AJE até hoje, com 34 participantes.

Que desafios um jovem empresário pode encontrar no cenário/mercado atual?
Neste mundo em constante mudança, o maior desafio para o empresário, seja ele jovem o não, é preparar seus líderes para este ambiente mutante. Portanto, além de cuidar bem da estratégia do negócio, a principal missão do empresário de hoje é a preparação de recursos humanos motivados e capazes de aprender e desaprender continuamente.

Como a AJE contribui para o crescimento econômico do estado do Ceará?
Através da contínua formação de líderes éticos, sensíveis socialmente e comprometidos com o desenvolvimento do Ceará. Sem líderes não há ideia que vá pra frente, não há projeto que aconteça, não há Estado que se desenvolva. O papel da AJE é portanto, muito relevante. Mesmo com algumas críticas, considero a AJE um dos projetos da sociedade organizada, mais inovadores do últimos 25 anos no Ceará. Sem citar nomes, já há bons nomes que egressos deste movimento jovem, vêm ajudando a desenvolver este estado de maneira mais profissional e sobretudo de forma mais ética.