Na manhã desta quinta-feira (24/10), O Grupo Especial de Combate às
Organização Criminosas – GAECO, do Ministério Público do Estado do
Ceará, com o apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de
Segurança Pública do Estado – COIN, deflagrou mais uma
fase da Operação Saratoga, agora visando atingir o núcleo voltado para a
falsificação de documentos públicos e particulares. Ao longo do dia,
serão cumpridos 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e
apreensão contra membros de uma organização
criminosa que atuam em Fortaleza e Região Metropolitana. Um advogado e
um contador estão entre os alvos desta operação. Foram cumpridos
mandados de busca e apreensão nos escritórios e residências deles.
Os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de
Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza e estão sendo cumpridos
na cidade de Fortaleza (08 mandados de prisão preventiva e 09 mandados
de busca e apreensão), Caucaia (02 mandados de prisão
preventiva e 01 mandado de busca e apreensão), Pacatuba (02 mandados de
prisão preventiva e 02 mandados de busca e apreensão) e também no
Sistema Prisional do estado (02 mandados de prisão preventiva e 02
mandados de busca e apreensão). Esse trabalho contou
com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do
Estado – DTO, e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de
Administração Penitenciária – COINT/SAP.
Além dos mandados que estão sendo cumpridos hoje, a Vara de Delitos de
Organizações Criminosas deferiu outros cinco mandados de prisão
preventiva, que permaneceram em aberto em face da não localização dos
acusados.
A Investigação
As investigações da Operação Saratoga, iniciadas pelo GAECO com o apoio
da COIN ainda em 2016, identificaram e individualizaram as condutas
criminosas perpetradas por membros de uma organização criminosa
especializada na ampla e indiscriminada falsificação
de documentos públicos e particulares, e no uso e na comercialização
sorrateira de tais papéis. O material propiciava a prática dos mais
diversos golpes na praça, desde compras fraudulentas no comércio à
captação de empréstimos financeiros de altos valores,
passando por roubo/furto, receptação e adulteração de veículos
automotores, além de fraudes no pagamento de fianças.
Na estrutura da organização criminosa existia uma figura central, que,
tendo uma visão global e completa do negócio, fazia o contato com os
“clientes”, fornecedores e receptadores, e realizava as negociações
necessárias para a consecução dos objetivos criminosos
do grupo.
Uma vez as encomendas tendo sido realizadas, entrava em cena a célula da
organização especializada na confecção física dos papéis.
Os suspeitos eram experts na
fabricação fraudulenta de documentos de transferência veicular (DUTs),
carteiras de identidade, carteiras profissionais e de habilitação,
títulos de eleitor, cartões
de crédito, procurações, “batidas de chassi”, boletos e comprovantes de
pagamento de fiança criminal, certificados e certidões escolares, e
contracheques. Para cada ramo da atividade, havia um grupo específico
dentro da organização para onde era endereçado
o material criminoso.
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