Os distritos turistico de Camilo começam pelas praias





Deputados ressaltam turismo, emprego e cultura no Ceará

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Em uma sessão de pouco debate e sem matérias na pauta de votação, os deputados estaduais levaram à tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, temas de interesse dos municípios em que possuem representação. O deputado Romeu Aldigueri (PDT) destacou, por exemplo, projeto de lei do Poder Executivo que cria distritos turísticos no Estado do Ceará.
De acordo com a proposição 59/19, que tramita na Casa, o primeiro a ser criado seria o Distrito Turístico de Jericoacoara. A proposta destaca que a atividade turística estimula o desenvolvimento econômico e social de um município ou região, e que o turismo é responsável pela geração de emprego, renda, além de movimentar diferentes setores da economia.
“Louvo a iniciativa do governador Camilo e do secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho, de enviarem este projeto, que vai proporcionar intervenções urbanísticas, sociais, econômicas e de planejamento para Jeri, que é, sem dúvida, o maior vetor de geração de emprego e renda do litoral norte cearense”, acrescentou Romeu Aldigueri.
Ainda segundo ele, as áreas denominadas distritos turísticos são reservadas pelo Poder Público para o desenvolvimento exclusivo de atividades turísticas. O objetivo é uma gestão mais específica e focada no desenvolvimento do potencial turístico de cada distrito, com a elaboração de Plano de Gerenciamento e Conselho Deliberativo.
“Este Conselho Deliberativo vai contar com a participação da prefeitura de Jijoca de Jericoacoara, de organismos municipais e estaduais, conselhos comunitários, sociedade civil, todos trabalhando em um plano de gerenciamento administrado pelo Estado para que tenhamos um paraíso ambientalmente sustentável e gerando emprego e renda”, assinalou o parlamentar.
Emprego
Já o deputado Fernando Santana (PT) comemorou a geração de emprego e renda no município de Salitre, após lançamento de cerveja produzida com mandioca da região.
O parlamentar destacou que a cerveja, lançada recentemente, produzida em fábrica situada em Aquiraz, usará a mandioca cultivada por agricultores do município de Salitre. “Com isso, são 150 agricultores fornecendo a matéria-prima para a produção da “Cerveja Legítima”. A previsão é que, até o final do próximo ano, esse número aumente para 600”, ressaltou.
Fernando Santana observou que, com publicidade da cerveja desenvolvida pela empresa, turistas poderão ser atraídos ao município para conhecer a colheita da mandioca, casas de farinha e, consequentemente, outras atrações na cidade. “Isso irá fomentar a economia não só da na cidade, mas de toda uma região”, pontuou.
Ao concordar com as palavras de Santana, o deputado Salmito (PDT) reconheceu a importância do projeto pela bebida ser produzida com algo genuinamente regional. “Um produto feito a partir de uma matéria-prima nossa. Isso agrega valor e atrai mais investimentos para a nossa região”, observou.
Frente
Encerrando o pronunciamento, Fernando Santana ressaltou, ainda, a importância da Frente Parlamentar em Apoio a Micro e Pequenas Empresas do Ceará, requerimento de autoria dele, para o desenvolvimento do Estado. “Começamos pelo pólo industrial calçadista, em que os produtores do Cariri estão otimistas, após reunião com o presidente do Banco do Nordeste, e agora seguiremos para o setor do turismo”, disse.
A Frente reúne, além de Fernando Santana, os deputados Sérgio Aguiar (PDT), Guilherme Landim (PDT), Nizo Costa (PSB), Augusta Brito (PCdoB), Moisés Braz (PT), Elmano Freitas (PT), Romeu Aldigueri (PDT) e Nelinho (PSDB).
Cultura
Já ao utilizar a tribuna da AL, o pedetista Queiroz Filho comentou o tombamento de um conjunto arquitetônico pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto do município de Senador Pompeu. A importância, conforme observou, ocorre pelo fato de o complexo, formado por 12 casarões, três casas de pólvora, um cemitério e uma barragem, ter sido um campo de concentração da década de 1930.
O parlamentar explicou que a ideia era impedir a chegada de flagelados da seca à Fortaleza, durante uma grande seca que houve no início dos anos 1930. Assim como este, outros dois campos de concentração existiram em Fortaleza, para comportar a chegada de retirantes na Capital nesse período.
A importância de chamar atenção para o assunto, segundo ele, é perceber que esse momento “sombrio” refletiu na formação de Fortaleza e em uma cultura de exclusão que existe até hoje na cabeça das pessoas. “Houve um debate na época sobre a chegada dessas pessoas que fugiam da seca, e boa parte da burguesia fortalezense era contra a vinda deles ou seu trânsito pelo centro urbano, por isso foram criados campos às margens de duas vias férreas, área por onde eles chegavam dos municípios do Interior”, explicou.
Queiroz Filho disse que ideia de afastar os retirantes dos centros urbanos teve como consequência principal a aglomeração nas periferias da cidade, formando e expandindo o número de favelas na Capital.
O pedetista também frisou que a lembrança desse momento histórico e essa consciência devem guiar as ações das gestões futuras. “Projetos como o de dessalinização da água do mar, por exemplo, são ideias que devem ser incentivadas, por mais complexa que possa ser, pois evitará que nas secas futuras não voltemos a essa prática, que acabou por contribuir para a divisão social em que vivemos hoje em dia”, avaliou.

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