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Este fármaco barato para a hipertensão pode reverter Alzheimer

  • Percorra a galeria e fique a conhecer os sinais que indicam que, se cuida de alguém, precisa de se mimar e de se cuidar também. [Fotografia: Shutterstock]
Um novo estudo feito por cientistas da Radboud University Medical Center, na Holanda, concluiu que o nilvadipine, um fármaco barato à venda em Portugal para tratar a hipertensão, pode ajudar a combater a doença de Alzheimer, avança o jornal científico American Heart Association’s. Segundo a investigação, este medicamento pode aumentar o fluxo sanguíneo em 20% na parte do cérebro responsável pelo controlo da memória. Como é que tudo isto se processa? É simples. O nilvadipine alarga as artérias e impede que o cálcio penetre, sem afetar outras partes do cérebro (percorra a galeria de imagens no topo do texto para ficar a conhecer os sinais que indicam que, se cuida de alguém, precisa de se mimar e de se cuidar também).
“Este tratamento da hipertensão arterial é promissor porque não parece reduzir o fluxo sanguíneo no cérebro, que pode causar mais danos do que benefícios. Mesmo que nenhum tratamento médico esteja completamente livre de riscos, receber o tratamento para a pressão arterial elevada por ser importante para manter a saúde do cérebro em pacientes com a doença de Alzheimer”, explicou o professor Jurgen Claassen, líder deste estudo, citado pelo The Sun.
Como foi feito este estudo?
A equipa de Jurgen Claassen reuniu 44 pacientes com Alzheimer, entre os níveis leve a moderado e com uma idade média de 73 anos. Metade tomou nilvadipine durante seis meses e os restantes receberam outro placebo.
No início, ambos os grupos submeteram-se a um teste que mediu o fluxo sanguíneo em zonas específicas do cérebro com massa cinzenta. Quando esse processo foi repetido no final, o fármaco tinha aumentado o fluxo sanguíneo no hipocampo, a área do cérebro que controla a aprendizagem e a memória, em 20%. Nenhuma das outras parte do cérebro foi afetada em qualquer dos participantes do estudo.
Os investigadores acreditam que os efeitos benéficos sobre o fluxo sanguíneo cerebral podem explicar parte deste efeito.
“No futuro precisamos de descobrir se a melhoria do fluxo sanguíneo, especialmente no hipocampo, pode ser usada como tratamento de apoio para retardar a progressão da doença de Alzheimer, especialmente em estágios iniciais”, afirmou o professor da universidade holandesa.
Há cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, de acordo com uma estimativa da Organização Mundial de Saúde.

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