Suspeitos de ataques no CE são mortos durante troca de tiros com PMs
Policiais militares do
Ceará mataram dois homens na cidade de Quixadá, a cerca de 166
quilômetros da capital do estado, Fortaleza, na madrugada desta
terça-feira (22). Segundo a secretaria estadual da Segurança Pública e
Defesa Social, Marcos Juan Ferreira de Sousa e Wesley Miguel Fernandez
Muniz são suspeitos de integrar um grupo criminoso e dispararam contra
os policiais militares, que revidaram e mataram os dois.
Ainda de acordo com a secretaria estadual, homens do
Comando Tático Rural, da PM, foram ao local investigar uma denúncia
anônima de que cinco suspeitos estavam reunidos em uma casa planejando
ações criminosas, entre elas, assassinatos. Os militares não encontraram
ninguém na residência indicada pelo denunciante, mas identificaram um
acampamento no meio de um matagal próximo. Ao se aproximarem, os
policiais foram recebidos a tiros.
Segundo a secretaria estadual, duas armas foram
apreendidas com Sousa e Muniz, sendo uma delas de uso restrito. A pasta
garante que os dois suspeitos também portavam munição de vários calibres
e tinham antecedentes criminais por homicídio, tráfico de drogas e
crimes contra a administração pública.
Durante a troca de tiros, mais três suspeitos
conseguiram fugir. As investigações apontam que Sousa e Muniz
participavam, junto com mais suspeitos, do planejamento e execução de
assassinatos e de ações criminosas contra prédios públicos, veículos e
propriedades privadas.
Pelo menos mais três ocorrências foram registradas no
estado entre a noite desta segunda-feira (21) e a madrugada de hoje
(22). Em Caucaia, a cerca de 20 quilômetros da capital, pessoas ainda
não identificadas incendiaram uma sala da escola de Educação Infantil e
Ensino Fundamental Maria Corina Arruda. O fogo foi apagado antes de se
alastrar pelo prédio, mas destruiu uma sala onde funciona a creche
municipal, destruindo mobiliário e parte do material de ensino das
crianças, além de outros equipamentos.
Em Fortaleza, bandidos atacaram com um artefato
explosivo uma subestação da distribuidora de energia elétrica Enel,
incendiando-a. Em nota, a empresa informou que a subestação do Bom
Sucesso não teve sua estrutura afetada e está operando normalmente.
Desde o início da onda de ataques, no último dia 2, 11 veículos a
serviço da Enel foram incendiados. Ontem, outra subestação foi
incendiada entre os municípios de São Benedito e Ibiapina.
A Câmara de Vereadores de Paracuru, a 80 quilômetros da
capital, também foi alvo de pessoas não identificadas. Durante a
madrugada, um coquetel molotov foi arremessado contra a parede externa
do edifício. O vigia conseguiu apagar as chamas antes que elas se
alastrassem, evitando maiores danos.
Ataques
Este é o 21º dia de ataques criminosos no Ceará. A secretaria estadual informou esta tarde que 411 suspeitos de participar das ações orquestradas foram capturados desde o começo da onda de crimes. A pasta, no entanto, não revelou quantos destes suspeitos permanecem presos ou apreendidos (caso de suspeitos com menos de 18 anos de idade).
Este é o 21º dia de ataques criminosos no Ceará. A secretaria estadual informou esta tarde que 411 suspeitos de participar das ações orquestradas foram capturados desde o começo da onda de crimes. A pasta, no entanto, não revelou quantos destes suspeitos permanecem presos ou apreendidos (caso de suspeitos com menos de 18 anos de idade).
Segundo autoridades estaduais e especialistas em
segurança pública, as ações podem ser uma reação de facções criminosas à
nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro
Albuquerque, e ao anúncio de medidas para reforçar a segurança nos
presídios, como a não separação de presos em presídios por facção.
Para tentar conter os ataques, o governo estadual
convocou cerca de 1.200 policiais militares da reserva para voltarem ao
serviço. No dia 4, o governo federal autorizou o envio de agentes da
Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar no combate aos
ataques. No dia 13, o governador Camilo Santana sancionou leis que
facilitam a adoção de medidas como a convocação dos militares
reservistas; o pagamento a quem fornecer informações que resultem na
prisão de bandidos ou evitem ataques criminosos no estado, entre outras.
Nesta semana, devem começar a chegar os primeiros
integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária, subordinada ao
Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Por razões de segurança, o
órgão não informa quantos agentes prisionais serão cedidos por outros
estados para integrar o grupo especial no Ceará.Ag.Brasil
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