Os altos,
baixos e as colisões do petróleo
A Petrobrás fez dois anúncios de sentidos opostos. Em outubro, a bacia
de Santos produziu, em média, 1,3 milhão de barris por dia, um
novo recorde que vem provando o potencial do pré-sal. A produção total do
país subiu 5,2% em relação ao ano passado. Em compensação, o preço do
barril despencou do patamar de US$ 80 em setembro para menos
de US$ 60 no mês passado. Foi o maior tombo nestes preços desde outubro de
2008, quando estourou a crise financeira nos EUA que levou à quebra de vários
bancos globais.
Outra nota negativa apareceu na Folha de
ontem. Está virando prática comum a transferência de petróleo de um
navio a outro, ao largo da costa brasileira. Embora regulamentadas, estão
ocorrendo bem mais operações do que constam nos registros da Marinha.
Simplesmente, não há equipes e equipamentos que permitam fiscalizar todas
elas. No ano passado, houve uma colisão entre dois navios e um deles teve um
prejuízo de mais de US$ 1 milhão. A ANP e a Marinha do Brasil disseram que
nunca foram informados. As empresas envolvidas, incluindo a Shell, disseram
que houve uma "abalroamento leve", e que tudo está em conformidade
com todas as leis e outra disse que não havia necessidade de nenhum relatório
oficial para as autoridades porque não havia impacto ambiental e os danos
eram pequenos. Parece que esse pessoal só leva a sério acidentes nos quais
satélites detectam manchas de óleo se espalhando em mar aberto.
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