EMISSÕES DOS
EUA CAEM E TRUMP ACHA QUE FOI ELE
A EPA (agência de proteção ambiental dos EUA) anunciou que as
emissões das grandes indústrias norte-americanas (incluindo o setor de
energia) caíram 2,7% no ano passado. Os números apresentados mostram que a
queda se deve ao fechamento de várias térmicas a carvão. Com seu oportunismo
habitual, Trump foi rapidamente à frente do palco dizer que ele faz a lição
de casa, mesmo saindo de Paris. Igualmente rápida foi a reação pública,
apontando que “isso é plágio e vandalismo político”. O fechamento das
térmicas aconteceu pela combinação de regulamentos da era Obama e da queda no
preço do gás de folhelho. As ações de Trump, desde sua campanha, tentaram
salvar o carvão, e a redução de emissões é a medida de seu insucesso. Por
coincidência, a revista Economist desta semana traz dois artigos sobre os EUA
terem assumido liderança na produção de petróleo graças à imensa bacia do
oeste do Texas. Um dos artigos, no entanto, lista os problemas que a
indústria começa a enfrentar. A extração usa quantidades descomunais de água
(65 milhões de litros por poço) numa das regiões mais secas do país. O
processo provoca pequenos terremotos que, acumulados, começam a danificar
propriedades. E, como os melhores poços já têm dono, a expansão da indústria
se dá em poços cada vez mais caros. A revista, no entanto, não menciona a
palavra clima uma única vez. A queima de todo este petróleo e gás certamente
fará os EUA serem grandes de novo… em emissões.
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