Mapa mostra onda de ódio que se espalha no país

De 1º a 15 de outubro já ocorreram pelo menos 83 agressões motivadas pela onda de ódio eleitoral. Cerca de setenta destas foram direcionadas ao público LGBTT, negros, mulheres ou eleitores petistas. Em 52 casos, o autor foi identificado, ou identificou-se, como eleitor do candidato Bolsonaro. As agressões que partiram de eleitores de Haddad somaram sete casos, cerca de 8,4% do total.
Conforme se observa no Mapa das Agressões por Motivação Eleitoral, os estados mais violentos são São Paulo, com dezessete casos, e Rio de Janeiro, com doze casos. Todavia, esta violência já se espalhou expressivamente para a Bahia (seis casos), Distrito Federal (seis), Paraná (cinco), Pernambuco (cinco), Ceará (quatro) e Amazonas (quatro). O que mais chamou atenção foi o covarde assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, com doze facadas nas costas, por um eleitor de Bolsonaro, que confessou tê-lo feito por conta de o capoeirista ter dito que votou em Haddad.


Os casos de agressão, diversos e revoltantes, podem ser conferidos, um a um, nos sites Mapa da Violência e Opera Mundi, que também estão fazendo registros cotidianos destas violências e servem inclusive como canais de denúncia.
Esses resultados mostram claramente a distorção existente nos discursos das redes sociais e de parte da grande mídia, que tentam culpabilizar, em igual peso, os eleitores e a campanha de Fernando Haddad por esta onda odiosa eleitoral e contra as minorias.