ARTIGO NO NEW YORK
TIMES ATACA TEMER E SUAS POLÍTICAS CLIMÁTICAS DESASTROSAS
Philip Fearnside, biólogo que vive há muito tempo na Amazônia, e
Richard Schiffman, jornalista, escreveram um artigo com artilharia pesada
contra Temer. Contam dos cortes nos orçamentos da Funai, do Ibama e do ICMBio
com o consequente aumento do desmatamento, e da grilagem e dos assassinatos
de índios, quilombolas e ambientalistas. Ressaltam que o país se tornou o
mais perigoso do mundo para quem defende a floresta. Alertam que, a continuar
a toada, “nada vai segurar as motosserras” e partes cada vez maiores da
floresta vão virar fumaça e mais aquecimento global. Fazem um comentário
curto sobre as eleições, caracterizando Bolsonaro como um cético climático
que ameaça tirar o país do Acordo de Paris, Haddad como um moderado em termos
ambientais e dizendo que a Marina não tem muita chance. Dizem que a bancada
ruralista, classificada como uma coalizão entre grandes proprietários de
terra e as grandes corporações do agronegócio, é a principal responsável pela
onda antiambiental.
O final do artigo é um pouco longo, mas merece destaque: “Os
brasileiros têm manifestado consistentemente em pesquisas que querem
preservar a Amazônia. Mas na atmosfera atual de ambição desmedida e corrupção
nos altos postos, as vozes em prol de políticas sábias frequentemente morrem
afogadas. O Brasil não criou o problema do desmatamento sozinho e nem terá
como resolvê-lo sozinho. A demanda dos países ocidentais pela carne bovina
brasileira e com a crescente demanda chinesa, criaram uma enorme tentação de
cortar a floresta e obter um lucro rápido. Nações importadoras, os traders
de soja e produtores de carne devem cumprir suas promessas de não comprar
produtos vindos de áreas desmatadas. E as instituições financeiras globais precisam
parar de financiar projetos que resultam em desmatamento. Também
deveriam aumentar seu apoio ao Brasil e a outros países tropicais a preservar
suas florestas e buscar alternativas não destrutivas. Só assim poderemos
garantir que as florestas Amazônicas, o coração vivo do Brasil - e do mundo -
permanecerão intactas.”
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