Pimentel:
Intervenção no RJ é ato pirotécnico e não resolve segurança
Para o senador a
solução para a crise na segurança pública exige investimentos sociais
A intervenção federal na
segurança pública do estado do Rio de Janeiro foi criticada pelo senador José
Pimentel (PT-CE), nesta terça-feira (20/2), em Brasília. “Precisamos ajudar a
comunidade do estado do Rio de Janeiro, precisamos ajudar toda a sociedade
brasileira a resolver a grave crise da segurança pública. Mas não será através
de ato pirotécnico que vamos dar conta”, disse.
A crítica ocorreu durante
audiência pública da Comissão de Direitos
Humanos (CDH), que debateu a reforma da Previdência Social. Pimentel afirmou
que o governo Temer usou a intervenção no Rio de Janeiro para suspender a reforma
da Previdência, porque sabe que não tem os votos necessários para aprovar a
proposta. “Este governo teve que enterrar a reforma da Previdência, que é
desnecessária, injusta e prejudica os mais pobres”.
O senador afirmou que
a crise na segurança pública, em todo o país, resulta da falta de investimentos
sociais. “Nenhuma mãe cria um filho, o amamenta, para que se torne bandido.
Quem transforma as crianças, a juventude, em bandidos, somos nós que não
asseguramos as mesmas oportunidades a todos os brasileiros. Portanto,
precisamos repensar essas questões”, alertou.
Na avaliação de
Pimentel, a solução para a crise na segurança pública do Rio de Janeiro, assim
como de todo o país, exige outro tipo de ação. “O problema está no sistema de
segurança pública daquele estado [Rio de Janeiro] e de todo o território
nacional. E para resolver essa situação, precisamos investir, formar melhor
nossas polícias, seja militar ou civil, e assegurar proteção previdenciária, na
terceira idade, para todos aqueles que produzem e trabalham pelo Brasil”,
afirmou.
Debate – A audiência pública
da CDH foi proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Foram convidados, além do
senador Pimentel, o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e
Pensionistas (Cobap), Warley Martins Gonçalves; o presidente da Federação
Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Roberto
Kupski; e representantes de sindicatos e entidades afiliadas à Frente
Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social.
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