Posso sentar aqui?

Hoje
Não é hoje o mês 8, mas 9, de setembro.
Não é dia 18, mas 17, de setembro.
Não é 80, de buraco, como diz no bingo, mas 81.
Se não é oito, tá vizinho.
Hoje comemoramos 81 anos de atividades do nosso Jornal OEstado. Uma longa vida, uma longa história, protagozinada por personalidades da política e da economia do Ceará. Uma história que de alguma forma foi feita por grandes lideres, alguns imberbes, na juventude, lendo e relendo texto, pensando e escrevendo, fosse na revisão, fosse na opinião. E o tempo, hein?
81 anos não são 81 dias, mas um vida em uma atividade dificil, diária, crítica, sempre no fio da navalha.
A notícia é o fio da navalha. A opinião é o fio da navalha. O jornal é a navalha e o fio. O corte e o fio que reúne, como o gat gut.
Desde Martins Rodrigues até Venelouiz Xavier Pereira, a vida do jornal OEstado não é igual a tantos outros porque OEstado sempre tomou a frente, carregou bandeiras, desafiou poderosos, teve colaboradores e patrões agredidos, mas por mais lama que lhe jogassem às costas, jamais afogou ou caiu no pantano movediço das vaidades exarcebadas. Formaram no OEstado, gerações de homens e mulheres dígnos, para o jornalismo  e para a vida. Conheço-os às dúzias. Admiro-os por coragem e correção, por talentos e competencia. Por dignidade e musculatura intelectual.
Comemoro com mais de vinte, no dia a dia, minha parcela nessa conversa diária de 81 anos.
Humildemente peço licença pra sentar num banquinho lá no fundo pra sair na foto inexoravel do panteão dessa história,
Deus abençoe OEstado.

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