Em Gênova, Papa critica demissões e mercado de trabalho atual
Francisco defendeu que trabalho é o centro da democracia
"Quando a economia passa para as mãos de especuladores, tudo se estraga. Vira uma economia sem rosto, sem identidade", afirmou Francisco em uma fábrica da empresa Ilva em Cornigliano."Um bom empresário não é especulador", disse. "Quem pensa que resolve os problemas da empresa demitindo as pessoas também não é um bom empresário".
De acordo com Francisco, o mercado atual está em "risco" porque não compreende o significado do trabalho. "Às vezes, pensam que uma pessoa trabalha bem somente porque recebe salários. Isso, na verdade, é um grave desestímulo porque nega a dignidade e a honra que o trabalho proporciona", comentou.
"Em torno do trabalho, todo o pacto social se edifica. Quando não se trabalha, ou se trabalha mal, pouco ou muito, é a democracia que entra em crise", criticou. A reunião com os trabalhadores de Gênova foi o primeiro compromisso do Papa na cidade. Francisco também visitou a catedral local e se encontrou com imigrantes e detentos.
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