Mal silencioso: Veja 10 mandamentos para enfrentar a hipertensão
Doença, que atinge cerca de 30 milhões de brasileiros (15% da população) pode provocar complicações que levam à morte
Quando o coração bate, contrai e bombeia sangue, pelas veias, para o
restante do corpo. É a vida pulsando no peito. Esse movimento gera uma
pressão sobre as artérias, cujo valor
ideal é de 12x8. Porém, quando as veias sofrem algum tipo de
resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então
quando o volume sanguíneo se torna muito alto, exigindo uma velocidade
maior para circular, acontece a hipertensão. Essa doença, que atinge
cerca de 30 milhões de brasileiros (15% da população), pode provocar
complicações que levam à morte. A hipertensão não tem cura, mas tem
tratamento.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) recomenda medidas simples para a prevenção (ver infográfico). O grande desafio da medicina, entretanto, é convencer o paciente a controlar a pressão e, quando for tarde demais, a nunca suspender o tratamento por conta própria, mesmo que não esteja sentindo nada. Afinal, como dizem os médicos a hipertensão é um “mal silencioso”.
“Por causa da obesidade, vemos hipertensos cada vez mais jovens. Antes, a doença se manifestava a partir dos 40 anos. Tanto que mais da metade dos brasileiros acima dos 60 anos sofre de hipertensão. Hoje, vemos pessoas com 20 anos hipertensas por causa da obesidade”, lamenta Neves, chamando a atenção para o fato de que a obesidade iniciada na infância é a mais difícil de se reverter.
Os estragos causados pela hipertensão na população brasileira são terríveis. “Pelo menos 60% das mais de 100 mil mortes por enfarte registradas anualmente, por exemplo, poderiam ser evitadas caso as pessoas simplesmente controlassem a própria pressão arterial”, reclama o cardiologista Carlos Alberto Machado. O ‘mal silencioso’ também é apontado como vilão em 80% dos cerca de 100 mil derrames, 40% dos casos de insuficiência cardíaca e 37% dos casos de insuficiência renal terminal, que leva os pacientes à diálise.
Machado estima que somente 20% dos brasileiros têm a pressão controlada. E admite que o maior desafio para enfrentar a hipertensão é intensificar a prevenção e melhorar a adesão ao tratamento. Ele reconhece a dificuldade. “Temos que convencer o indivíduo que não sente nada, a reduzir o peso, a bebida e ter mais qualidade de vida. O tratamento evoluiu muito nos últimos anos, mas não existe a cultura da prevenção.
Temos que criar estratégias para melhorar a adesão ao tratamento e aumentar as taxas de controle. O tratamento é simples e de graça na rede pública”, explica. “Quem para no meio do caminho prejudica o tratamento. O acompanhamento tem que ser para toda a vida”, reforça o presidente da SBH.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) recomenda medidas simples para a prevenção (ver infográfico). O grande desafio da medicina, entretanto, é convencer o paciente a controlar a pressão e, quando for tarde demais, a nunca suspender o tratamento por conta própria, mesmo que não esteja sentindo nada. Afinal, como dizem os médicos a hipertensão é um “mal silencioso”.
“Uma úlcera
no estômago é fácil de tratar porque dói. No caso da hipertensão, o
sintoma surge em fase tardia, quando já existe um comprometimento”,
explica o cardiologista Carlos Alberto Machado. E, para piorar, não
existe sintoma específico.
“A dor de cabeça, por exemplo, acontece em outros
casos, não tem uma relação direta com a hipertensão. Tontura também
pode ser pressão baixa”, alerta o presidente da SBH, Mario Fritsch
Neves, afirmando que as pessoas devem medir a pressão, pelo menos, uma vez
por ano. “Existem aparelhos eletrônicos validados pela SBH, mas eles
servem apenas para alertar”, adverte Neves, salientando que o
diagnóstico tem que ser feito pelo médico.
Segundo a SBH, 95% dos
casos de hipertensão são ocasionados por uma conjunção de fatores, entre
os quais, o excesso de sal e o ganho de peso, além do componente
genético. O problema se acentua no país porque mais da metade dos
brasileiros está acima do peso, sendo que um terço sofre de obesidade.
Estudo inédito, publicado pela revista científica britânica ‘Lancet’
sobre a obesidade, revela um total de quase 30 milhões de brasileiros
adultos obesos. Esse número coloca o Brasil como um dos líderes no ranking de países mais obesos do mundo, sendo o terceiro entre as mulheres e o quinto entre os homens.“Por causa da obesidade, vemos hipertensos cada vez mais jovens. Antes, a doença se manifestava a partir dos 40 anos. Tanto que mais da metade dos brasileiros acima dos 60 anos sofre de hipertensão. Hoje, vemos pessoas com 20 anos hipertensas por causa da obesidade”, lamenta Neves, chamando a atenção para o fato de que a obesidade iniciada na infância é a mais difícil de se reverter.
Os estragos causados pela hipertensão na população brasileira são terríveis. “Pelo menos 60% das mais de 100 mil mortes por enfarte registradas anualmente, por exemplo, poderiam ser evitadas caso as pessoas simplesmente controlassem a própria pressão arterial”, reclama o cardiologista Carlos Alberto Machado. O ‘mal silencioso’ também é apontado como vilão em 80% dos cerca de 100 mil derrames, 40% dos casos de insuficiência cardíaca e 37% dos casos de insuficiência renal terminal, que leva os pacientes à diálise.
Machado estima que somente 20% dos brasileiros têm a pressão controlada. E admite que o maior desafio para enfrentar a hipertensão é intensificar a prevenção e melhorar a adesão ao tratamento. Ele reconhece a dificuldade. “Temos que convencer o indivíduo que não sente nada, a reduzir o peso, a bebida e ter mais qualidade de vida. O tratamento evoluiu muito nos últimos anos, mas não existe a cultura da prevenção.
Temos que criar estratégias para melhorar a adesão ao tratamento e aumentar as taxas de controle. O tratamento é simples e de graça na rede pública”, explica. “Quem para no meio do caminho prejudica o tratamento. O acompanhamento tem que ser para toda a vida”, reforça o presidente da SBH.
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