Agora
é tarde,Inês é morta
Há uma semana,
quando um sorridente Michel Temer apresentou
os seus 23 ministros, todos homens, todos brancos, todos de terno e gravata, no
mesmo palácio que nessa manhã vira sair a única mulher alguma vez eleita
Presidente, o Brasil passou a fazer parte do clube reservado de países sem
mulheres no governo —
juntamente com a Arábia Saudita, Paquistão, Bósnia Herzegovina, Brunei, Tonga,
Vanuatu, Hungria e Eslováquia. “A gente está muito mal acompanhado”, diz
Manoela Miklos, ativista feminista, co-autora do blogue #AgoraÉQueSãoElas na Folha
de S. Paulo. Desde 1979, ainda na ditadura militar, que o Brasil não tinha
um governo sem mulheres à frente de ministérios. “Isso dá a dimensão do
retrocesso”, resume Manoela Miklos. A
composição exclusivamente masculina e a falta de diversidade étnica do novo
Governo interino do Brasil, ignorando duas maiorias da população do país,
mulheres (51,5%) e negros ou mestiços (54%), foi recebida com repúdio e só
piorou a imagem de um Presidente tido como ilegítimo. A homogeneidade elitista
e branca do Executivo de Temer foi amplamente noticiada na imprensa internacional,
reforçando a percepção exterior de que o Brasil — já abalado por escândalos de corrupção,
por uma classe política medíocre, pelo alastrar da epidemia do zika, e por um
processo de impeachment de uma Presidente, no mínimo, duvidoso — é um país retrógrado. Muitos
traçaram um contraste com o governo de Justin Trudeau, o primeiro-ministro
canadense eleito no ano passado. Quando
foi questionado por jornalistas sobre a composição bastante heterogênea do seu
executivo — mulheres,
indígenas, filhos de imigrantes —,
Trudeau respondeu simplesmente: “Porque estamos em 2015”. O Governo de Temer
desapontou até congressistas que votaram a favor do impeachment de
Dilma. O senador Cristovam Buarque, desabafou no Twitter: “Abrimos uma porta
que era necessário abrir, mesmo sem a certeza de onde ela nos deixará ir. Ficou
estranho um ministério sem mulheres, sem representantes de minorias e dos
movimentos sociais”. Instalado pelo Congresso em vez do voto popular, o Governo
Temer é um reflexo da maioria parlamentar que votou pelo impeachment de Dilma
Rousseff e que, em troca, recebeu cargos na Esplanada dos Ministérios.
A
frase: “Governo petista defeca na
entrada e c...na saída”. Havia quem pensasse que o deputado estadual
Fernando Hugo tinha outro nível. A frase é dele. A caca idem.
Mercury:
Sou nem doida! (Nota da foto)
Pelo
menos outras quatro mulheres declinaram do convite do Planalto para a
Secretaria de Cultura. Bruna Lombardi, Marilia Gabriela, Claudinha Leitão e
Eliane Costa. A última foi a senhora Daniela Mercury que, procurada pela Marta
Relaxa e Goza Suplicy, devolveu: diga pro homem lá que tou fora. Diz que a
esposa não gostou.
Preço
da lealdade
Depois
de 40 anos de dedicação ao MDB, depois PMDB, sempre na confiança de Paes de
Andrade, Chico Campos foi solenemente defenestrado da Executiva Nacional do
Partido.
Bateu
terror
Dois
bandidos acordaram cedo pra trabalhar. Estavam assaltando no fim de semana na
região da Caucaia. Entrou homem, mulher, menina e menino indo pra escola.
Fim
da linha
Já
pelas seis e meia alguém gritou pega-ladrão. Um cidadão saiu do carro e viu os
dois. Atirou num e matou na hora.
Bateu
catolé
A
arma teria engasgado mas o povo correu e pegou o segundo. Este foi morto a
porrada pela população enfurecida.
E
então...
Michel
Temer nomeou para o cargo de sub-chefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da
Presidência da República, o advogado Gustavo do Vale Rocha, que tem entre seus
clientes ninguém menos que Eduardo Cunha. Estão aparelhando. Estão aparelhando.
Cheiro do queijo
A ida de Romero
Jucá para o Planejamento despertou cobiça pela presidência do PMDB, ocupada
interinamente por ele. O assunto foi tema de reunião entre o líder do partido,
Eunício Oliveira, Jucá e Renan Calheiros.
Se fazendo
Eunício defendeu
que a vaga seja dada a Renan, que não tem ministério no governo Temer e deixará
a presidência do Senado em fevereiro de 2017. Seria uma forma de acomodá-lo.
Kkkkkkkkkkkkkkkk
Líder
do governo Temer é alvo da Lava Jato, suspeito de tentativa de assassinato e
réu em três ações no STF.
Solidário,mas
cadê o meu?
Após pressão do Solidariedade, Michel
Temer decidiu voltar atrás e criar a Secretaria do Desenvolvimento Agrário.
Será vinculada diretamente à Presidência da República — não mais ao
Desenvolvimento Social.
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