Contraponto
Reunidos
em um evento em São Paulo, ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal
discutiram sobre o papel do tribunal na disputa jurídica sobre o rito do
impeachment. Em sua fala, Luis Roberto Barroso mandou um recado muito claro aos
golpistas. Sua fala não deixa margem a dúvida. Vale analisar cada palavra que Barroso disse. Abaixo,
cada trecho da fala dele e, em seguida, a análise do Blog.“Eu acho que aqui nós vamos definir se nós
somos um país preparado para ser uma grande nação ou se vamos ser uma
republiqueta que aceita qualquer solução improvisada para se livrar de um
problema”A “solução improvisada”, claro, é o impeachment sob
qualquer desculpas e sob um rito sumário, apurado, absolutamente ilegal,
construído às pressas para obter um resultado que viola a constituição, a
democracia e o Estado de Direito.“Nós
temos que resolver os problemas dentro dos quadros da normalidade
constitucional, respeitando as instituições e tendo em conta que o timing
político é diferente do time institucional”. Mais claro impossível.
Barroso está dizendo que não é porque conjunturalmente há um quadro de baixa
aprovação do desempenho da presidente que se vai jogar fora a normalidade
institucional. “O que nós
devemos é preservar as instituições. Tudo passa, mas se nós abalarmos as
instituições, passa mais lentamente e de maneira mais difícil”.
Para finalizar, o ministro avisa que esses arreganhos golpistas podem
aprofundar a crise em vez de resolvê-la. Como se tudo isso não bastasse, o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse, no
mesmo dia e no mesmo evento, que não tem “nenhuma preocupação em relação às
instituições republicanas” do Brasil. O presidente do STF foi ainda mais
longe. Também mandou seu recado: “Tenho
a convicção absoluta de que temos instituições fortes e o Supremo Tribunal
Federal, sobretudo, está vigilante para que a Constituição seja integralmente
cumprida. Nós temos uma excelente Constituição, que está vigorando há quase 30
anos”. Sobre
o recurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ao STF, contra a liminar que
a Corte deu recentemente contra o golpe, Lewandowski disse que “não há conflito
nenhum” entre os Poderes – recurso de Cunha afirma que liminar anti golpe seria
“interferência do STF no Legislativo”. O mais importante da fala de
Lewandowski, porém, é ter dito que o STF está “vigilante” para que “A
Constituição seja integralmente cumprida”. Ou seja, as espertezas de Eduardo
Cunha e de Aécio Neves...sei lá.
A
frase: “Quem disse que
o Brasil não melhora? No quesito canalhice estamos dando um show”. Ecos do Itamaraty.
Kant redivivo (Nota da foto)
Quem não sabe o que busca, não
identifica o que acha. Immanuel Kant, o mesmo que disse: Você é hoje o fruto
daquilo que você fez ontem.
Veja onde Adail buliu
Quando pediu desculpas aos políticos
cearenses que sempre o abrigaram e votou contra esses mesmos políticos, Adail
Carneiro fez história que o tempo não vai apagar.
Exemplo 1
Acolhido pelo PP, deixou na rua tudo o
que o presidente da Assembleia,Zezinho Albuquerque arrumou, principalmente os
comandos do Padre Zè e do filho dele,Antônio José, prefeito de Massapê.
Exemplo 2
Teria ganho a liderança de um partido
bem organizado para ajudar o Governo na Assembleia com um mundaréu de novos
deputados. Não vai liderar ninguém.
Exemplo 3
Tirou pelo menos 3 minutos do tempo de
rádio e televisão na campanha de Roberto Claudio à reeleição e assim queimou a
confiança dos que seriam aliados.
Exemplo 4
Aí já vem o troco. Vai perder todos os
contratos de carros alugados para Câmara de Fortaleza, Assembleia Legislativa,
Prefeitura de Fortaleza e Governo do Ceará.
Exemplo 5
Vai ficar difícil receber, tão cedo, os
duzentim que tem num dos órgãos aí acima citados, que não terá boa vontade na
quitação do contrato,depois do seu cancelamento.
Exemplo 6
Dificilmente
terá ainda a confiança das grandes lideranças, como Ciro e Cid, Camilo,
Zezinho, Roberto Claudio e Salmito Filho.
Quem
analisou
A
avaliação aí é de ex-colegas de Adail no parlamento estadual que apostam no
revés do moço em 2018. Mas, como política é dinâmica...
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