7 trilhões!
De
médico e doido todo mundo tem um pouco! Eis um adágio popular por
demais conhecido, para exemplificar o nosso cotidiano envolto a
trabalho, estresse, movimento frenético de alguns e uma dose de humor,
vez por outra, para descarregar os espíritos armados.
Pois
bem, solenemente, o nosso Poder Judiciário não tem muito espaço em sua
legislação para brincadeiras e atos informais, mas é comum em cada
recanto de nossos sertões, na porta dos fóruns ou dentro deles, alguma
figura folclórica, ou como dizia o agrônomo Juscelino Leandro, "os
amalucados" em busca de direitos, mesmo não existindo nada a reclamar e
sequer ação em desenvolvimento.
Certo dia, o competente e elegante Juiz de Direito, Dr. Josué Lima Júnior, titular da Primeira Vara de Iguatu, foi designado para atender na Comarca de Saboeiro.
Até aí tudo bem!
Diligente
às mais comezinhas regras de direito, bem como aberto ao diálogo e
àqueles que buscam o pão da justiça, logo no primeiro dia de trabalho
naquela comarca, atende um cidadão que apresentava uma reclamação.
- "Senhor
Juiz, o doutor chegou hoje aqui? Estou muito preocupado, será que o
magistrado que saiu levou meu processo e não julgou nada?", questionou o cidadão.
Atento, Dr. Josué cuidou de atendê-lo com toda solicitude, perguntando do que se tratava.
- "É um alvará? Em qual banco está depositado?", perguntou o magistrado.
- "Em vários doutor juiz, o senhor já viu 7 trilhões depositado em um só banco?",explicou o reclamante.
Os servidores do fórum, que ouviam a discussão, ecoaram em risos
Afinal, o reclamante, era um "transeunte amalucado da cidade", costumeiro visitante do fórum, onde busca por estes 7(sete) trilhões de reais, que não existem, há 30 anos ininterruptos.
(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).
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