Centro de
Fortaleza será palco de atos pela Democracia e contra o Golpe
Trabalhadores, trabalhadoras e estudantes cearenses voltam a se reunir
nesta quinta-feira (31 de março), em novo ato em defesa da democracia e contra
o golpe que está em curso no Brasil. Parte da Jornada Nacional pela Democracia,
o ato em Fortaleza será realizado a partir das 15 horas, na Praça Clóvis
Beviláqua (mais conhecida como Praça da Bandeira), no Centro.
Organizada pela Frente Brasil Popular (FBP), as atividades ocorrerão
simultaneamente nas principais capitais brasileiras. A FBP reúne entidades dos
movimentos sociais e sindical, coletivos e partidos políticos. O grupo reforça
que o atual momento político exige unidade e mobilização para barrar a ofensiva
da direita golpista, que tem ao seu lado a mídia tradicional.
Além da atividade desta quinta-feira, será realizado grande ato no
sábado (2 de abril), na Praça do Ferreira (Centro), que receberá o
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Com programação prevista para começar
a partir das 9 horas. Lula iniciou uma sequência de viagens a capitais brasileiras
com o objetivo de angariar apoio contra o impeachment da presidenta Dilma
Rousseff (PT).
Impeachment ou Golpe?
O impeachment é um mecanismo previsto na nossa Constituição. O/a
presidente, no entanto, só pode sofrer tal sanção após comprovação de crime de
responsabilidade.
Entretanto, a presidenta Dilma não é acusada de nenhum crime. O processo
de impeachment em andamento acusa a gestão da Presidência da República de uso
de “pedaladas fiscais”. O termo refere-se a atrasos no repasse do Tesouro a
bancos públicos encarregados da operação financeira de alguns programas
sociais. Pode-se argumentar que é uma maneira de cumprir artificialmente o
orçamento, mas não é crime de responsabilidade.
Sendo assim, o processo em andamento configura-se em um golpe contra a
democracia. Seus articuladores, em sua grande maioria, são investigados e réus
em processos. Na comissão do impeachment, são 34 investigados pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). Caso aprovada, a votação irá para a Câmara dos
Deputados, onde 271 deputados enfrentam acusações que vão da fraude ao
homicídio. Contra Dilma, não há absolutamente nada!
Além disso, os integrantes dos movimentos contra o golpe alertam que a
insatisfação com o governo ou com a própria presidenta não é motivo legal para
o impeachment. A legalidade do seu mandato é baseada na nossa própria
constituição – um mandato que foi legitimamente conquistado nas eleições de
2014, com mais de 54 milhões de votos. Não ganhando nas urnas, a oposição quer
chegar ao poder pela via ilegal. Pelo golpe.
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