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Sondagem de Cunha no Conselho de Ética mostra empate em relação à cassação

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu a seus aliados um levantamento sobre a tendência de voto dos 20 deputados que integram o Conselho de Ética da Casa e que analisarão em breve a representação de 50 parlamentares que pedem a cassação de mandato do peemedebista.
Segundo um aliado mais próximo que pede para não ser identificado, a sondagem mostrou que a situação atual é de empate: nove deputados votariam pela cassação enquanto outros nove se manteriam fiéis a Cunha. Os outros dois são apontados como indecisos. Mas, de acordo com o mesmo deputado que conversou com o Jornal do Brasil, há um temor em relação à opinião pública, levando-se em conta que o voto no Conselho de Ética é aberto, o que precipitaria a abertura de processo e posterior votação pela cassação no plenário da Câmara.
Pela conta dos aliados, votos pela cassação de Cunha estão empatados, com dois deputados indecisos 
Pela conta dos aliados, votos pela cassação de Cunha estão empatados, com dois deputados indecisos 
As recentes declarações do presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), mostram que o presidente da Câmara não terá vida fácil durante a tramitação do processo. Segundo Araújo, Cunha terá o mesmo tratamento dispensado aos demais parlamentares com pedido de cassação no conselho, mesmo presidindo a Casa.
Na próxima terça-feira (3), o Conselho de Ética fará reunião destinada à instauração de três processos recebidos na última quarta-feira, dentre os quais está o de Eduardo Cunha por quebra de decoro parlamentar. Após a instauração, o presidente do conselho fará sorteio para a escolha do relator. Estão excluídos do sorteio deputados do mesmo estado e do mesmo partido do presidente da Câmara.
O relator analisa o cumprimento dos requisitos formais e a fundamentação dos argumentos da representação e decide pela continuidade ou não do processo. Em caso positivo, ele é votado pelo colegiado. A partir daí, se o colegiado aprova o relatório, o órgão dá um prazo para Cunha apresentar sua defesa. Após essa etapa, o relator elabora um parecer recomendando ou não a cassação do mandato e o processo pode seguir para o plenário.
Ainda segundo o deputado próximo a Cunha, a votação em plenário é outro temor do presidente da Câmara. Uma cassação de mandato requer pelo menos 257 votos dos 513 deputados. O problema, segundo o interlocutor, consiste nessa segunda rodada que é também em voto aberto, depois da pressão do Conselho de Ética.

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