Piloto de avião abatido na Venezuela disse que faria seu último voo, diz tio

Antes de embarcar para a Venezuela, Klender Hideo afirmou para o tio que queria retomar faculdade de engenharia.
Tio disse que Klender Hideo trabalhava com aviação há dois anos 
 Foto: Reprodução / Facebook
Manaus - O assistente jurídico João Marcos Silva, de 38 anos, tio de Klender Hideo De Paula Ida, de 24 anos, piloto do avião abatido na Venezuela transportando drogas, disse que esta seria a última viagem realizada pelo sobrinho. A derrubada do avião e a morte de Klender  e seu acompanhante no voo, Fernando César Silva da Graça, de 29 anos, foi confirmada pelo site do governo venezuelano e também pelo Itamaraty, após contato com a reportagem do D24am.
De acordo com ele, os dois tiveram uma conversa na sexta-feira, na qual Hideo, como era chamado pela família, revelou seu desejo de abandonar a aviação. “Eu até fiquei surpreso, porque ele era apaixonado pela profissão, sempre gostou e era muito dedicado. Mas ele disse que estava perdendo a vontade e quando voltasse dessa viagem iria voltar para a faculdade de engenharia mecatrônica”, afirmou João Marcos.
De acordo com ele, a família soube do ocorrido por volta das 20h de terça-feira, quase dois dias após o avião ter sido abatido em território venezuelano. “Eu estava em casa quando um amigo dele, que também é piloto, me ligou e perguntou onde o Hideo estava, e falou sobre as informações do jornal venezuelano. Falei com os pais dele e eles me confirmaram que eles estavam nessa viagem. Aí eu disse ‘puxa vida, deve ter acontecido alguma tragédia’”, lamentou o tio.
Segundo ele, Hideo já tinha pelo menos dois anos de profissão e, antes de revelar seu desejo de abandonar a aviação, tinha desejo de pilotar aviões maiores.  O tio afirmou ainda que desconhecia o fato de que o sobrinho transportava drogas, mas afirmou que, em certas ocasiões, o Hideo não avisava para onde faria as viagens.
Hideo estava acompanhado de Fernando César Silva da Graça, de 29 anos, que é de Manaus mas tinha família também em Belém (PA). A tia dele, Maria Cleonice Mendes, de 45 anos, soube do acontecido pela reportagem e ficou muito emocionada com a notícia. De acordo com ela, o sobrinho ficava viajando entre Belém e Manaus e não tinha qualquer conhecimento sobre aviação, o que indica que ele estava  acompanhando Hideo sem fazer a função de co-piloto.
Outra tia de Fernando, Liliana Germano da Costa, 41, soube da notícia hoje pela manhã e foi à casa de Maria Cleonice dar a notícia sobre a morte do sobrinho. De acordo com ela, elas devem viajar a Belém para falar com os pais de Fernando sobre o ocorrido.
Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa do Itamaraty informou que aguarda a manifestação das famílias para que os corpos sejam  encaminhados ao Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário