Que crise é essa que neguim troca os móveis de casa?


Mercado moveleiro estima crescimento de 12% este ano
Na região Nordeste, o mercado moveleiro está em expansão. Desde 2003 se observa crescimento e isso em função dos programas sociais do governo, e dos investimentos estruturadores em toda a região Nordeste. Apesar do momento de dificuldade econômica, no País, a previsão de crescimento é de 12% este ano. O Ceará conta com 238 indústrias de móveis, que juntas faturaram R$ 892 milhões o ano passado, o que representa 48% do potencial de consumo, que é de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, de acordo com informações da Federação das Indústrias do Estado (Fiec).
“Esse ano, com toda essa crise de credibilidade, a gente viu muito pouca a diminuição de mercado, e mais pela questão de algumas lojas que, às vezes, estão tendo mais cuidado em comprar – talvez até nem fazendo grandes estoques”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de Pernambuco (Sindmóveis-PE), Vikentios Kakakis. O dirigente esteve em Fortaleza, reunindo-se com 20 expositores cearenses que vão participar da Feira Nacional de Móveis para o Norte e Nordeste (Movexpo), que acontecerá, no Centro de Convenções de Pernambuco, entre os dias 19 e 22 de maio.

Desafios
Vikentios aponta, entre as preocupações do setor, a competitividade, eficiência na produção, design, baixo custo, redução de preços e inovações para o lojista são desafios para o segmento. No entanto, ele vê amplo espaço para crescimento da atividade nordestina no País, porque as indústrias da região respondem por apenas 25% do mercado brasileiro, ou seja, os outros 75% vem de outras regiões, como Sudeste e, principalmente, região Sul. “Então nós temos um espaço enorme para ocupar, mesmo que o mercado não tenha crescimento”, ressaltou o presidente.
Diante do atual cenário econômico do País, Kakakis acredita que esse é o momento ideal para crescimento. “Precisamos focar na competitividade, sermos mais agressivos nas vendas – porque, quando o mercado está bom, normalmente o lojista está sendo comprado. Se o mercado diminui um pouco, a gente precisa ser mais agressivo comercialmente, ter mais argumentos, saber vencer a concorrência das grandes redes, até porque 65% do mercado moveleiro é feito por pequenas lojas e pequenos comerciantes nos bairros e cidades do interior”, asseverou.
Com relação a custos, o sindicalista destaca que alguns tipos de móveis consomem, em seu processo de fabricação, um pouco mais de energia - como os que utilizam máquinas de pintura e impressão – e que os recentes aumentos das tarifas de energia vão pesar no setor, e já está gerando preocupação por conta dos empresários. No entanto, Vikentios acredita na melhora da eficiência no uso de energia das fábricas e na compensação dos aumentos de custos de outras formas, evitando aumento de preços.

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