De dedo em riste

MPF cobra medidas do Estado para solucionar problemas em atendimento de Saúde
Procurador da República recebeu o secretário de Saúde do Estado para tratar sobre atendimento a pacientes com câncer de mama, com câncer de próstata e gestantes de risco
 
O Ministério Público Federal (MPF) quer que a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará adote medidas para solucionar problemas no atendimento a pacientes com câncer de mama, com câncer de próstata e também a gestantes de risco. O procurador da República Oscar Costa Filho discutiu as demandas da área em reunião com o novo secretário da pasta, Carlile Lavor, realizada na última terça-feira, 27 de janeiro. Todas as questões tratadas serão discriminadas em ofício, a ser assinado dentro de 15 dias.
 
Na reunião, o procurador da República cobrou que pacientes com câncer (neoplasia maligna) sejam atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo máximo de 60 dias, a partir do diagnóstico, conforme prevê a Lei 12.732/12. Oscar Costa Filho destacou que esse tipo de doença exige atenção médica imediata e que o não cumprimento do prazo legal causa graves prejuízos à saúde desses cidadãos.
 
O procurador responde no MPF por inquérito civil público instaurado para acompanhar especificamente os problemas no serviço público de saúde no estado. No inquérito, foi apurado que o Ceará registra um alto número de mortes de gestantes de risco. Somente no ano passado, foram registrados 90 óbitos de mulheres com gravidez de risco.
 
O secretário da Saúde reconheceu a gravidade dos problemas e a necessidade de que sejam adotadas medidas urgentes para solucioná-los. Quanto ao atendimento de pacientes com câncer de mama, Carlile esclareceu que, hoje, já há quantitativo de equipamentos de mamografia suficiente para atender a demanda do Ceará. "Ainda falta informação das pacientes que têm necessidade de fazer o exame", disse.
 
Carlile se comprometeu, ainda, a encaminhar ao MPF, dentro do prazo de 15 dias, informações sobre providências a serem tomadas para otimizar o atendimento dos pacientes com câncer de próstata. O secretário já adiantou que há carência de profissionais da área de Urologia na rede pública de Saúde para atender a elevada demanda de pacientes. "Podemos adotar o seguinte procedimento: o Estado viabiliza o diagnóstico inicial via exame PSA. Em seguida, os pacientes com possível diagnóstico comprovado serão encaminhados ao urologista para o Exame do Toque", adiantou.

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