A estupidez dos ritos religiosos


Alunos ficam detidos por mais de 5 horas depois das provas do Enem em Juazeiro do Norte


Roberto Bulhões

Dezenas de alunos que participaram das provas do Enem no ultimo sábado (26), em Juazeiro do Norte, ficaram detidos por mais de 5 horas na Escola Edvar Teixeira Férrer, no bairro do Pirajá. Eles deveria sair as 17:00h e só foram liberado às 22:00h. Segundo informações colhidas com os jovens prejudicados, tudo se deu diante de um grupo de alunos, cuja religião resguarda o sábado. A desorganização partiu dos responsáveis pelo Enem que deveriam ter separados os portadores de necessidades especiais e o pessoal que preserva o sábado, em locais distintos,mas deixaram juntos aos demais. O assunto deve virar caso de polícia nesta segunda-feira

Muitos transtornos foram causados em várias famílias que ficaram horas e horas sem noticias dos seus filhos, uma vez que não existia nenhum meio de comunicação possível, devido às exigências do Enem. A dona de casa Odete Filismino de Moura, residente no bairro do Socorro, em Juazeiro, ficou apavorada sem notícias do filho que estava retido e, ao chegar à escola, por volta das 21:30, teve uma crise nervosa e chegou a desmaiar. Na escola Edvar Teixeira Férrer ninguém entrava nem saia e a única informação era feita por um buraco no portão através do vigia da escola. Muito choro e estudantes com fome, uma vez que saíram de casa antes do meio-dia, alguns provavrlmente sem almoço.

Até o presente momento a organização do Enem em Juazeiro do Norte não deu nenhuma explicação para o transtorno causado aos estudantes detidos e aos seus familiares. “Eu cheguei na escola antes do meio-dia e deveria ter saído as 17 horas, como estava previsto”, disse o estudante Talyson Moura, ressaltando que “fomos todos surpreendidos com a informação que só sairíamos as 22 horas e deu no que deu. Muita gente chorando e preocupada com suas famílias”. Outro aluno Cicero Silva também lamentou o ocorrido e culpou os responsáveis pelo Enem em Juazeiro por tudo que aconteceu. “Passamos quatro horas respondendo as provas e mais quatro detidos na marra dentro de uma escola e com fome”, lamentou Cicero Silva.

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