Na garapa das ruas...

Centrais sindicais preparam protestos pelo país

 Sem resposta do governo federal a uma pauta de demandas, entregue dia 6 de março, as centrais sindicais farão, em 11 de julho, um Dia Nacional de Lutas, com mobilizações em todos os Estados para pressionar a presidente Dilma Rousseff a dar respostas concretas aos trabalhadores. Também haverá protestos pontuais nos aeroportos, dia 2, e contra o projeto que regulamenta a terceirização, no dia 4.

“A presidente nos recebeu na terça-feira, mas só falou dos cinco pontos [do pacto que ela propôs para responder as manifestações nas ruas]. Estamos esperando respostas há três meses e ela não falou nada da pauta trabalhista”, afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Pauta recheada
Os protestos incluem uma pauta extensa: contra o projeto de lei (PL) 4330, que regulamenta a terceirização, contra cortes dos gastos sociais para compensar a redução das tarifas do transporte público, a favor de 10% do Orçamento da União para saúde e de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, pró-reforma agrária e suspensão dos leilões de áreas petróleo.
O projeto da terceirização, que, segundo os sindicalistas, retira direitos dos trabalhadores, foi debatido com a presidente Dilma, que não se comprometeu em pressionar o Congresso para retirá-lo de pauta. Ela teria dito que vai acompanhar com o “máximo vigor” e que vetaria os projetos que trouxessem prejuízo aos trabalhadores. “Mas não falou se vai orientar a bancada para defender a proposta, nem o que ela propõe sobre o projeto”, disse Gonçalves.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, vai protestar em Brasília no dia 4 de julho pelo adiamento da votação do PL 4330. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados deve votá-lo dia 9.
Já a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), ligada ao PCdoB e PSB, pretende protestar nos aeroportos, na terça, 2 de julho, para que os parlamentares se sensibilizem com a pauta dos trabalhadores. “Vai ser numa terça-feira, dia em que os deputados e senadores usam os aeroportos para ir à Brasília”, afirmou o presidente da CTB, Wagner Gomes.
1º de julho
Uma “greve geral” convocada pelo Facebook para o 1º de julho, porém, não tem apoio dos sindicalistas. “O dia de mobilização é 11 de julho. Dia 1º de julho não faz parte do calendário de nenhuma central sindical. É uma fria”, disse Juruna.

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