Alerta: Antes de chegue ao Ceará...cê sabe.

Messias, o camelô da saúde


Um sintoma de que o sistema de saúde vai mal salta aos olhos numa esquina da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. Das 10h às 16h, o “doutor” Messias Marques de Souza, enfermeiro amazonense de 63 anos, dá expediente na calçada. Faz isso há três anos. Tira pressão, mede frequência cardíaca, taxas de açúcar e até de gordura no sangue, serviços que custam entre R$ 4 e R$ 15. Formado pela Universidade Federal do Amazonas, Messias, entrevistado pelo nosso Daniel Brunet, contou que atende a cerca de 300 pessoas por semana. Não revela quanto ganha, mas, se fizer num mês só o exame mais barato, terá recebido, ao fim de 30 dias, uns R$ 5 mil — seis vezes mais que seus colegas da rede estadual. O engraxate José Garcia, 58 anos, vizinho de calçada, elogia: “Ele já salvou muitas vidas. Uma vez, uma pessoa passou mal no banco, ele foi lá e prestou o socorro.” O presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Pedro de Jesus Silva, não o condena, mas lamenta. “Infelizmente, salários baixos e aposentadorias de fome podem levar o trabalhador a apelar para o mercado informal.” É. Pode ser

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