George Valentim, atual prefeito e candidato à reeleição
junto o seu candidato a vice, Célio Filho (PT), e seu cunhado, Arlindo
Mota e ainda o candidato a vereador Antônio de Castro estavam num
galpão de uma residência, da empresa O. CA Fashion, em reunião com
mais de 100 pessoas distribuindo benesses. No entanto, como o cartório
eleitoral já estava fechado, os candidatos foram levados ao Fórum
Eleitoral, onde assinaram um termo de compromisso para se apresentarem
na segunda-feira, 30 e prestar explicações à Justiça Eleitoral.
. Segundo informações chegadas de Maranguape os dois
candidatos na chapa, respectivamente, o comunista George Valetim atual
prefeito e agora seu companheiro do PT - originalmente havia sido
homologado na chapa em convenção o atual vice-prefeito da cidade,
militar reformado Afonso Cordeiro Neto (PP) mas sua candidatura foi
barrada pela Justiça Eleitoral, com base na Lei da Ficha Lima (Ficha
Suja) - de ultima hora seu nome foi substituído pelo vereador Celio
Cavalcante, o famoso Celinho. Os dois candidatos segundo testemunhas
relatadas ao repórter, para não serem presos em flagrante delito saíram
correndo pelo matagal e chegaram a pular um muro de dois metro e meio
de altura. Como a autoridade judicial, na hora do flagrante, não estava
com escolta Policial Militar, fato este que revoltou a população
local, não houve tempo de policiais atrás dos dois "companheiros".
Porém , segundo partidários da candidatura de Átila Câmara (PSB)
apoiado pelo governador Cid Gomes e os deputados Raimundo Gomes de Matos
(federal) e Lucilvio Girão Sales (estadual) o estrago eleitoral na
campanha adversária era a evidente ante a manifestação do povo através
das redes sociais.
Ontem à noite, às 18 horas, com a chegada, em Maranguape,
de equipes de duas emissoras de Tvs de Fortaleza - as TV Cidade e a TV
Diário - acionadas pela própria população - eleitores residentes na
sede do município revoltados com o episódio e o fechamento do Cartório
Eleitoral acorreram a sede do Fórum e fizeram uma vigília cívica até
de madrugada - não houve solução de continuidade ao flagrante delito
pela ausência da Juíza na cidade - os manifestantes ligaram também
para as redações dos jornais O povo, Diário do Nordeste e O Estado,
denunciando o fato. As duas equipes de Tvs filmaram a revolta do povo
mas o material apreendido estava guardado dentro do Fórum e não houve
filmagem da materialidade do crime porque a Juiza não autorizou
filmagem, nem concedeu entrevistas a imprensa. Segundo informações
chegadas à reportagem ela estava em Fortaleza em outras atividades
ligadas ao cumprimento da Justiça Eleitoral.
A comunidade - segundo informação da própria a
Polícia Militar cerca de 500 pessoas - acorreu ao Fórum convocado pelas
redes sociais e gritavam em uníssono "Justiça" "Justiça", enquanto a
repórter da TV Diário entrevistava populares e filmava a manifestação
espontânea dos eleitores. O deputado federal Raimundo Gomes de Matos
(PSDB) que acabara de chegar a cidade, por volta das 20h30 horas de
ontem (dia 28), proveniente da cidade de Gaiúba, onde havia participado
de um comício em favor da candidata a prefeita Danielle Machado
Ventura Fradick Acyoli (PSB) foi entrevistado pela TV Diário. Na
ocasião disse estranhar a ausência da Juíza de Maranguape, Dra. Gesilda
Pacheco Cavalcante num momento se "suma importância e gravidade para
a lisura do pleito em minha terra, onde tive a honra de ser
vice-prefeito e Prefeito. Hoje exerço mandato de deputado federal e
sei que "a população está consciente do dever cívico de votar, sem
necessidade de receber nada em troca, dentadura, cestas básicas ou
dinheiro". E isso tenho certeza, acrescentou ele "é resultado do
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação Penal 470 - o famoso
mensalão - mas, infelizmente, nossos adversários não aprenderam a
lição. E ainda lançam mão desses condenável expediente (compra de
votos) que remonta ao Brasil da República Velha. Hoje sob todos os
aspectos (distribuição de cestas básicas) configura-se há anos, ato
criminoso passível de cassação de registro das candidaturas pela
Justiça Eleitoral. A população não quer mais ser iludida e votar em
troca de benesses momentâneas, levando a que os futuros governantes
esqueçam do povo pelos próximos quatro anos".
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