Recuperação de trecho da BR-222 é cobrada

O deputado José Linhares proferiu no dia de ontem mais um pronunciamento apelando para a restauração da BR-222. Em seu pronunciamento, Linhares afirmou que, há cerca de um ano, no Ceará, centenas de pessoas tomavam parte de um protesto original, pacífico, concebido e organizado para chamar a atenção do governo federal: o “Rally na BR-222”.

“Foi a viagem de uma enorme caravana de veículos que partiu de Sobral e, depois de 140 quilômetros enfrentando desvios e buracos pela BR-222, atingiu a cidade de Umirim, no caminho para Fortaleza. Tudo, para denunciar o descaso com que o Ministério dos Transportes e o Dnit vinham tratando aquela rodovia e, por extensão, o povo cearense”, disse.

De acordo com o parlamentar, a expectativa, de todos, era que finalmente as coisas começariam a mudar. Entretanto, segundo ele, passadas doze luas, a verdade é que pouca coisa mudou. Os problemas de tráfego no trecho, entre Fortaleza e Sobral, continuam vivos. Obras em ritmo pachorrento e buracos, às dúzias, atormentam o viajante.

“Ir de ônibus, de uma cidade à outra, hoje, leva mais de cinco horas! Vejam, apenas para dar um exemplo, que de Brasília a Goiânia, distância parecida - pouco mais de duzentos quilômetros – uma viagem em ônibus comercial dura cerca de três horas, no máximo”, desabafou. Diante da situação, ele cobrou providências enérgicas para a solução do problema, pois, conforme explicou, a população cearense não merece passar por este tipo de situação. Aproveitou para criticar as três construtoras responsáveis pela recuperação da rodovia - Camter, Getel e Delta. 

“O mais irônico é que a Delta, prestes a desmoronar, como um castelo de cartas, é a companhia que cuida do trecho em estado mais avançado de recuperação. Os trechos onde trabalham – ou deveriam trabalhar - as construtoras Camter e Getel estão, salvo exceções, em petição de miséria. Por ali, numa cena que choca tanto pela indignidade da situação como pela indiferença dos que deveriam combatê-la, crianças às pencas se lançam na rodovia para tapar buracos com areia, em troca de moedas lançadas pelos motoristas”, completou. 

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