Como anunciado,Unasul decide suspender Paraguai do bloco


MENDOZA (Argentina)  Garoando com mínima de 9 graus - 
Pra quem não conhece, olhando no mapa, Mendoza está bem mais perto de Santiago do Chile do que de Buenos Aires. Cidadezinha com ar cosmopolita, belos e bons hotéis, boa comunicação  de internet e vinhos maravilhosos, talvez até por causa da vizinhança que tem um Almaviva de beber rezando. Em Mendoza terminou ontem a reunião do Mercosul, marcada pela lambança paraguaya com posições bastante distintas, como conta meu bom companheiro Ariel Palácios. - Os países da Unasul decidiram nesta sexta-feira, 29, aplicar ao Paraguai a mesma suspensão realizada pelo Mercosul. Os representantes do bloco sul-americano determinaram que o novo presidente temporário do bloco será o Peru.
Mercosul suspendeu Paraguai nesta sexta-feira - Enrique Marcarian/Reuters
Enrique Marcarian/Reuters
Mercosul suspendeu Paraguai nesta sexta-feira
A suspensão ocorreu com base no tratado constitutivo Unasul. A Unasul também aprovou a criação de uma comissão para fiscalizar o processo eleitoral paraguaio.
Mais cedo, A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou que a Venezuela será incorporada plenamente ao Mercosul em 31 de julho. A cerimônia que transformará Caracas no quinto sócio pleno do bloco do Cone Sul ocorrerá com toda a pompa no Rio de Janeiro.
A entrada da Venezuela só foi possível graças à ausência temporária do Paraguai do Mercosul, já que o país estará suspenso das reuniões do bloco durante os próximos dez meses. Segundo Cristina, as sanções serão aplicadas até que o Paraguai tenha "o pleno restabelecimento da ordem democrática" e volte ao país "a soberania popular".
No dia 22, Fernando Lugo foi destituído após um processo de impeachment – rejeitado pelos países do Mercosul, que consideraram o processo uma ruptura da ordem democrática. Cristina referiu-se à destituição de Lugo por parte do Senado e sua substituição pelo vice Federico Franco como "golpe de Estado". No domingo, a chancelaria argentina anunciou a suspensão temporária do Paraguai da reunião de cúpula do bloco, em Mendoza.
"Temos de fazer neste semestre o melhor esforço para que as eleições de abril de 2013 sejam democráticas, livres e justas", disse a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Cristina, por seu lado, disse que os países sul-americanos precisam "continuar sustentando a legalidade e a legitimidade, de forma que não sejam permitidos ‘golpes suaves’ que, sob o verniz de legalidade, estilhaçam a institucionalidade".

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