Roupa suja lavada na rua em Juazeiro do Norte brigam na imprensa

Uma verdadeira lavagem de roupa suja. Assim se pode definir a sessão da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte da terça-feira última, 27, quando se discutia o momento tenso da política juazeirense. Nos últimos dias o vice-prefeito José Roberto Celestino (PSB) tem acusado o prefeito Manoel Santana (PT) de persegui-lo.
Celestino acusa Santana de tê-lo desalojado de uma sala que usava na secretaria de Infraestruturao. A assessoria de imprensa do prefeito nega as acusações e diz que se trata, apenas, de um mal entendido. O prefeito teria, apenas, colocado um assessor na mesma sala que Celestino, que não teria aceitado a divisão e considerou a atitude “uma retaliação”.
O vereador Roberto Sampaio (PSB), do bloco de oposição, saiu em defesa do o vice-prefeito José Roberto Celestino. O que esquentou mais a sessão foi a intervenção do vereador Darlan Lobo (PMDB), que, embora concordando que Celestino é um homem sério, fez ressalvas ao discurso de Sampaio. “Todo mundo sabe o que aconteceu naquele período e que o senhor (Sampaio) era o articulador da cassação de Santana e interlocutor junto a ele (Celestino) que sabia de tudo e deu apoio total ao processo”.
Segundo Lobo a cassação de Santana foi discutida diversas vezes, em reuniões feitas pelos vereadores na casa de alguns parlamentares, inclusive na dele própria.
O vereador confirmou ainda que as reuniões teriam sido acompanhadas por Celestino. Darlan Lobo afirmou ainda que o vice-prefeito deu apoio político à cassação de Santana.
As declarações aumentaram as discussões. Roberto Sampaio e Tarso Magno (PR) rebateram Darlan Lobo. Segundo Magno o que ele tinha conhecimento era que Celestino seria contra a cassação de Santana. “O que sempre soube é que Roberto Celestino não queria participar de nenhuma articulação para derrubar o Santana “, confirmou Magno.
 No aparte final, Darlan confirmou o que tinha dito. Segundo ele, a coisa foi tão bem discutida que foram feitos acordos para quando Santana fosse cassado.“Já tinha acordos para as secretarias, quem era financeiro, quem era procuradoria, não venha dizer que a oposição é santa não”,disse.
 Os diretórios do PT e PSB ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto.

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