Fortaleza tem segunda maior chuva em 38 anos


SARA OLIVEIRA
saraoliveira@oestadoce.com.br

A segunda maior precipitação diária em Fortaleza durante quase 40 anos: 268,5 mm entre 2h40 e 15 horas de ontem. Estatisticamente, um evento que acontece a cada 100 anos. Os números, assim como os prejuízos que eles representam, assustaram a população e expuseram, mais uma vez, a fragilidade da Capital quando o assunto é chuva. Foram 180 ocorrências, entre desabamentos, inundações e alagamentos. Sem contar os 16 semáforos que apresentaram problemas. Nenhum registro de vítima fatal.

Inundações no entorno do rio Maranguapinho e nos bairros Genibaú (23 ocorrências) e Vila Velha (7) foram prioridades para a Defesa Civil do Município, por ter registrado as piores situações. Entretanto, as ações dos 60 agentes do órgão e 38 guardas-vidas, ontem, abrangeram não só as áreas de risco, mas dezenas de outros bairros. Os canais de drenagem dos bairros Quintino Cunha (18 ocorrências), Dom Lustosa (13) e Jardim América transbordaram, assim como três afluentes do rio Maranguapinho.

A área da Secretaria Executiva Regional (SER) III foi a mais atingida e registrou 70 ocorrências, seguida da SER V, com 20. As informações são do coordenador da Defesa Civil, Alísio Santiago, destacando que o dia de ontem foi “atípico e histórico”. “Nas proximidades da lagoa da Parangaba, tivemos de retirar quatro famílias para outro lugar, onde tiveram de esperar até baixar o nível da água”, detalhou Alísio.

Nas comunidades Che Guevara, às margens da BR-116; Padre Cícero e Boa Vista, nas proximidades do Rio Cocó, houve inundações em quase todas as ruas. Nos Morros Santa Terezinha, Teixeira e Santiago, antigas áreas de risco de Fortaleza, nenhum desabamento foi registrado. Conforme Alísio, os 13 desabamentos relatados pelo orgão foram parciais, de paredes ou marquises de residências.

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