Contos e causos a bordo de uma jangada cearense


Uma jangada pra contar histórias

Segue hoje de Fortaleza para São Paulo a jangada Bolinha. Vai passar um mês em exposição numa praça da capital paulista. Depois desse temporada paulistana, a Bolinha vai sair do Porto de Santos para o Porto do Rio de Janeiro, aportando em tudo quanto é paragem de beira do mar numa viagem sem tempo pra terminar.
A idéia nasceu do cearense Gilmar Pinna que mora em São Paulo. Era comprou a jangada pra fazer uma amostragem cultural da vida nos mares do nordeste, com foco na jangada cearense,uma das mais frágeis, desde os tempos em que era construída com pau de piuba, que como diz o adágio popular “é pau que abóia”.
Buscando parcerias, Gilmar Pinna fez contatos com as Secretarias de Cultura de São Paulo e do Ceará. Aqui, ouviu da Secretária Maninha que teria sim, apoio para sua “viagem cultural” de mostrar um símbolo da coragem e do entusiasmo de meninos que cedo seguem os pais no mister de botar comida dentro de casa.

Com as duas Secretarias, Gilmar e seus representantes aqui, o irmão Giba e o amigo Eros, conseguiram por no projeto, a ida de um jangadeiro experiente que será o chefe de cerimônia de todo o trabalho. O pescador João de Castro Bezerra segue com a Bolinha e ficará em São Paulo e no litoral até o Rio o tempo que for necessário para demonstrar e ensinar ao povo como vive a sua gente do mar.

Quem é

João de Castro Bezerra, ou mestre João, é desses cearenses rijos, que aos 48 anos, pouco aparenta os 38 de mar e diz que começou a pescar a partir do Mucuripe aos 10 anos de idade. Sabe tudo de mar e de jangada, e como bom pescador conhece a carreira do peixe. A experiência de João e a jangada Bolinha, estão em cima de uma carreta da Mudanças Confiança que participa do projeto cultural transportando e embarcação. João, um marujo nato, vai pelo ar, de avião e os amigos, na Beira Mar já o estão chamando de João Araújo.

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