Editorial do Jornal OPovo


Greve na Polícia Militar - Ilegalidade Insana
A sociedade cearense, desde esta sexta-feira (30), encontra-se sob o impacto da notícia de greve na Polícia Militar (PM). Se já não havia dúvidas de que o movimento paredista é inconstitucional, sua deflagração neste momento de grande mobilidade pública, por conta das comemorações de Ano Novo, chega às raias da insanidade.
Mais grave ainda pelo fato de estar previsto, hoje, em Fortaleza, um dos maiores eventos recreativos e turísticos do País – o Réveillon da Praia de Iracema –, reunindo centenas de milhares de participantes, o que sempre exige um esquema de segurança reforçado. Ainda bem que vieram em socorro dos cearenses (e visitantes) tropas da Força Nacional de Segurança, atendendo prestimosamente ao chamado das autoridades locais.
Estarão os grevistas conscientes de que terão de arcar com as consequências do que vier a acontecer com cidadãos inocentes, eventualmente vitimados pela falta da segurança pública a que têm direito, segundo a Constituição? Insistirão no desvario de fazer a sociedade refém de seus interesses corporativos, ainda quando supostamente justos?
Evidentemente, o fato de ser proibida a greve num serviço essencial como a segurança pública (sobretudo a PM) deveria fazer com que as autoridades hierárquicas compensassem essa interdição legal com uma atitude mais sensível e aguçada, de sua parte, em relação aos problemas vividos pela categoria, detectando-os previamente e resolvendo-os antes de se chegar a um ponto de ruptura. Esse deveria ser o seu dever, pois se a greve é proibida (como de fato é) para este tipo de profissional, como este poderia defender os próprios direitos, sem meios alternativos? Na verdade, é preciso que o Legislativo providencie mecanismos institucionais mais eficazes para a cobrança das responsabilidades das autoridades que têm jurisdição sobre tais categorias de servidores públicos. Claro, nem por isso, deve-se aceitar, neste momento, esse tipo de paralisação em serviço tão essencial e estratégico, pois é inconstitucional e considerado insubordinação militar.
É hora, pois, de desarmar os espíritos, voltar à negociação e deixar o bom senso prevalecer, sob pena de os próprios grevistas passarem a ser encarados como algozes pela sociedade. O que não seria bom para eles.
Estarão os grevistas conscientes de que terão de arcar com as consequências do que vier a acontecer com cidadãos inocentes.
(Editorial / O POVO)
Com todo o respeito ao pensamento do Jornal O Povo, acrescento uma dúvida e uma preocupação de quem já coisa muito grave cometida pelas Polícias Civil e Militar do Ceará: Quem afirma que essa gente não é capaz de um ato terrorista contra o povo inocente pra criar um fato ainda pior do que aquele que está perto de acontecer? Quem garante que esses bandidos mascarados não sejam capazes de destruir a festa e nela pessoas de bem de todo o mundo? Quem assegura que essa insanidade não chegue às raias da bandidagem? 

Um comentário:

  1. Um pensador alemão de nosso século falou mais ou menos o seguinte:"De um rio diz-se que é violento porque com sua correnteza vai arrastando tudo que escontra em seu caminho. Mas, ninguém chama de violentas as margens que o aprisionam".
    Essas reivindicações salariais e de promoções dos policiais militares e bombeiros já deveriam ter sido negociadas há bastante tempo. A insatisfação foi represando e rompeu através de greve oportunista em razão do momento em que é deflagrada.
    É certo que os militares não podem fazer greve. Os magistrados também não deveriam fazer. Com a remuneração nas alturas, pedem mais ainda. Os militares, ganhando bem menos, imitam os juízes. E de armas na mão. Perigo total.

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