Dólar tem maior queda em mais de um mês e vai a R$ 1,709

O dólar comercial registrou forte queda ontem, reagindo ao bom humor generalizado nos mercados externos após líderes europeus chegarem a um acordo para combater a crise de dívida da região. A moeda norte-americana fechou em baixa de 2,93%, a R$ 1,709 na venda. É a maior queda percentual diária desde 23 de setembro, quando o dólar caiu 3,24%. O dólar já acumula perda de 9,17% em outubro. No ano, a moeda registra valorização de 2,58%.

“Esse pacote proporcionou um alívio aparente, e aí todo mundo está correndo para ativos de maior rendimento. Não à toa que o dólar está caindo no mundo todo, enquanto as commodities e bolsas estão subindo forte”, afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo.

O acerto, ao menos por ora, ameniza temores quanto a um contágio da crise de dívida da Europa e a seus efeitos sobre a economia global. A recente turbulência sofrida pelos mercados financeiros globais fez o dólar disparar 18% em setembro no mercado brasileiro, levando o Banco Central a retomar a oferta de contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.

ACORDO FECHADO
A zona do euro conseguiu, na madrugada de ontem, fechar um acordo com os bancos credores para uma redução de 50% na dívida da Grécia, eliminando o último obstáculo para um ambicioso plano de resposta à crise da dívida, confirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Bruxelas.

O líder francês estimou que a dívida grega terá um alívio de 100 bilhões de euros após a aceitação, pela maior parte dos bancos, de uma redução superior a 50% do valor dos títulos da dívida. Esta decisão “representa um esforço de cerca de 100 bilhões de euros”, disse Sarkozy ao final da cúpula europeia, que permitiu alcançar um amplo acordo para se enfrentar a crise da dívida. “Os credores privados farão um esforço voluntário de 50%”, e esta solução evitará que a Grécia entre em ‘default’ com uma redução de 100 bilhões da dívida total de 350 bilhões de euros, que será reduzida a 120% do PIB até 2020.

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