Temor racional

Pouca gente acredita em resultado ruim, nos EUA, das negociações entre democratas e republicanos visando aumento do teto dos gastos. O governo Obama tem até dia 2 para conseguir aprovação do Congresso e evitar ter de escolher quais dívidas pagará e quais não serão pagas. Fato que causaria uma "pequena" confusão pelos mercados mundiais.

Mas nada é tão certo assim. Apesar de acreditar que essa possibilidade é remota, José Scheinkman, economista brasileiro radicado na Universidade de Princeton, não a descarta. "Não há como adivinhar o desfecho desse embate político", refletiu, ontem, de NY. Por outro lado, se recusa a fazer previsões sobre o que pode acontecer caso não haja acordo. "Só sei que não quero passar pela exper iência de assistir ao fracasso das negociações. Seria coisa nunca antes vista no mundo".

E lembra: guerras se originam de decisões irracionais.

Temor 2
Na Europa, por sua vez, a solução encontrada para a Grécia está sendo paga pelo contribuinte. E não resolve o problema. Se Portugal ou Itália precisar de ajuda parecida, ela não caberá no bolso dos europeus. Visto que há um limite para isso, Scheinkman defende, como saída duradoura, a imposição de perdas aos investidores. O que, cá entre nós, também gerará sequelas nos mercados.

Temor 3
O que acontecerá no Brasil em uma situação dessas? O País, segundo o economista brasileiro, em um primeiro momento se segura na fome do mundo, por ser o produtor mundial de comida mais eficiente do planeta. "Temos de nos preocupar só depois que chineses e hindus pararem de comer."

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