ASSEMBLEIA BARRA INVESTIGAÇÃO DO STJ CONTRA CID GOMES

Os deputados estaduais votaram na sessão desta quinta-feira (30) o pedido de autorização ao Superior Tribunal de Justiça para que o governador Cid Gomes (PSB) fosse processado por injúria e difamação.

A votação foi secreta. O resultado foi de 40 contra 2. Os parlamentares mantiveram a decisão do relator do processo na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, deputado Antonio Granja (PSB), de que o governador não seja investigado pelo STJ.

A ação foi movida, através de uma queixa-crime, pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em resposta às acusações de Cid Gomes. No mês passado, o governador chamou o ministro de “inépto, incompetente e desonesto” e classificou o Dnit de “quadrilha” e o ministério dos Transportes de “laia”.
Oposição
Até mesmo o deputado Heitor Férrer (PDT), que faz oposição ao governo Cid Gomes, reafirmou nesta quinta que é contra a abertura do processo. O parlamantar disse que votou a favor do relatório de Antonio Granja, seguindo a maioria. Na justificativa de voto, Férrer disse que é preciso preservar a figura institucional do governador e que o processo será retomado quando Cid Gomes deixar o cargo.

Fogo amigo
Mesmo com a votação secreta, a deputada Eliane Novais (PSB) já havia manifestado à imprensa a intenção de autorizar o STJ a abrir processo contra Cid Gomes. A parlamentar, que é da base de apoio ao governo, tem divergido de Cid Gomes nas últimas semanas. Ela justificou o voto a favor da investigação, afirmando que estaria seguindo o desejo já manifestado pelo governador.

Vale lembrar que Cid Gomes havia dito publicamente que iria “provar nas barras dos tribunais” a veracidade das informações contra o Ministro.

Pra relembrar
No último dia 15 de junho, o Governador Cid enfatizou numa referência clara ao Ministro Alfredo Nascimento que:

“Eu disse: o Ministério e o Ministro [dos Transportes] são ineptos, incompetentes e desonestos. Isso é uma questão. Não tem nada a ver com o nosso movimento aqui. Isso é uma questão porque eu conheço a pessoa de algum tempo atrás e o a opinião que eu tenho dele, eu vou demonstrar lá nas barras dos Tribunais”.

Com a decisão desta quinta-feira (30), na Assembleia Legislativa, Cid Gomes só poderá ser processado quando deixar o cargo, por ter foro privilegiado.

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