O projeto de lei que modifica a tabela de remuneração dos professores municipais, de acordo com a Lei Nacional do Piso, não volta à pauta de discussão hoje, na Câmara Municipal de Fortaleza. Foi o que ficou acordado ontem à noite, durante reunião do coletivo de educação do PT.
O presidente da Casa, vereador Acrísio Sena (PT), informou que solicitou a anuência da Mesa Diretora para que a proposta fosse retirada de pauta, acatando, desta forma, o pedido do setorial de educação do PT. O Legislativo, segundo o petista, irá aguardar as contrapropostas para que, novamente, o projeto retome a tramitação. A ideia é lançar um novo diálogo a fim de resolver o impasse.
Na primeira tentativa de submeter à matéria ao plenário, há uma semana, os professores obstruíram a sessão, que foi encerrada após a invasão da sessão pelos manifestantes. Todavia, os professores não aceita o texto da proposta, enviada pelo Executivo municipal. Isso porque concede reajuste de 18% a professores de nível médio e de 2% àqueles com graduação, o que, segundo eles, divide a categoria. Eles reivindicam ainda um terço da carga horária para planejamento de aulas e correção de provas, além de eleições diretas para diretores de escolas e reajuste do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
Apesar de afirmar a intenção do Executivo Municipal em continuar o diálogo com os trabalhadores, o líder do governo, vereador Ronivaldo Maia (PT), tem informado que a prefeitura está ofertado seu limite orçamentário.
A reportagem do jornal O Estado procurou a diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sidiute), mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno.
Carta
Pela manhã, o colegiado de educação do PT lançou uma “nota”, assinada por professores petista da educação básica, solicitando que fosse reaberto o processo de negociação, além da retirado do projeto da pauta de votação da Câmara.
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