Artífice da primeira grande derrota da gestão Dilma Rousseff na Câmara, o PMDB acena com a hipótese de repetir a dose no Senado.
Sócio majoritário do condomínio governista, o partido faz beicinho e ouvidos moucos para as queixas de Dilma sobre o Código Florestal.
Na Câmara, o partido pôs de pé uma emenda que injetou no código duas novidades que deixaram Dilma de cabelos eriçados.
Abriu-se uma janela para a anistia de desmatadores multados até 2008 e outra para que Estados possam legislar sobre matérias ambientais.
Presidente em exercício do PMDB, o senador Valdir Raupp (foto) informa: os senadores da legenda tendem a ratificar o texto:
"No PMDB [do Senado], a tendência é aprovar o Código Florestal da forma como está. Não tem como mudar o que teve o apoio do PMDB [na Câmara]".
Entre os deputados, a emenda do PMDB prevaleceu por 273 votos a 182. Dilma fez de tudo para detê-la.
Chegou mesmo a ameaçar de demissão o ministro pemedebê da Agricultura, Wagner Rossi, homem do vice-presidente Michel Temer.
Convertido em pombo-correio da ameaça, o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) travou com Temer um diálogo acerbo. O vice abespinhou-se.
Como a ameaça não se concretizou, Dilma desmoralizou-se. Nesta semana, ela recebe os senadores do PMDB em almoço.
Para dobrar a legenda, Dilma talvez tenha de servir mais do que arroz e feijão. O preço do apoio subiu. Quem vai pagar a conta, obviamente, é você.
Do JOsias
Nenhum comentário:
Postar um comentário