Morde e assopra

O bispo Panico, da Diocese da Igreja católica do Crato, faz meses,arrumou uma briga com parte dos diocesanos. Inventou que bens deixados pelo monsenhor Murilo de Sá Barreto, da paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Padre Cícero, eram da diocese e tenta, na Justiça, tomar um terreno no centro de Juazeiro, vendido por Monsenhor Murilo naplenidade de seus direitos e de seu juizo.
Panico, de uma Igreja argentária e, principalmente, enlouquecida por dinheiro, chegou ao absurdo de sugerir que Padre Murilo estava lelé da cuca quando fez a venda e "desconfiou" de sua honorabilidade. O povo reagiu. Está fazendo passetaas, manifestações públicas e disparando críticas ao Bispo, que não abre mão daquilo que acha que é da diocese do Crato.
Por onde anda, e tem andado bem pouquinho na própria Diocese, com medo dos seguidores do Padre Cícero e do Monsenhor Murilo, um lider de fiéis, morde e assopra. Ou o contrário; assopra e morde. Pede palmas pro Padre Cícero, diz louvores de Monsenhor Murilo e, ao mesmo tempo deixa dito nas entrelinhas que está aqui(no Juazeiro) para defender os interesses da DIocese.
Seu tom de voz, para velhos conhecedores dos homens, é falso, frágil e seu texto é ruim. Não convence quando diz que ama Padre Murilo e que os mandamentos doPadre Cícero devam ser cumpridos na plenitude dos ítens como; quem matou não mate mais, quem roubou não roube mais. E vai por aí, desfilando o que parece uma angustiada pedição de angústia. Processa, ou manda a Diocese processar que ousa atravessar seu caminho de ambição e discórdia.
Ontem à noite, numa celebração na Igreja das Dores, onde Padre Murilo doou sua vida aos romeiros do Padre Cicero, o Bispo Panico fez outra pantomina, quase indo às lágrimas na celebração de uma missa para pedir graças e bençãos a um homem de bem, o desemabrgador Teodoro da Silva, um Juazeirense seguidor de Meu Padim e dos ensinamentos de Padre Murilo, por quem foi batisado. Outra vez citou os dois santos do Nordeste e fez ferver seus críticos como "...com a maldade do coração humano". Não se auto incluiu, porque usa uma frase feita onde quer que chegue.
A frase de Panico é baseada em "amor e verdade" e que um dia as duas se encontrarão.Aproveitou que a casa estava cheia de juizes e desembargadores e durante meia dúzia de oportunidades, numa prática escrita, falou de justiça e paz.
Um texto que parecia pedir aos desembargadores pela fragilidade de sua pretensão, vitória para tomar o terreno vendido pelo Padre Murilo de Sá Barreto.
Panico é um artista, dizia um velho conhecerdor dos Padres e Bispos da Diocese do Crato, ao meu lado. Panico é um ruim ator nessa empreitada, dizia outro. Seus críticos juazeirenses bateram inclusive no seu estilo histrionico. Não olhou pras faixas de protesto à porta da Basilitica das Dores na noite suave de Juazeiro, mandando-o embora da cidade e adentrou à nave como um pop star, cumprimentando fiéis como quem pede para dar autógrafo, abrindo sorrisos e chamando a todos de irmãos e irmãs.
Sua entrada aparentemente triunfal foi confiada em que não levaria vaia na Igreja, confiado na presença do Coronel Adauto Bezerra, coadjuvante da celebração de homenagens ao novo desembargador que citou Padre Cicero e Padre Murilo como nortes de sua vida e de seu sucesso alcançado. Uma noite bonita para um povo simples, e triste para o povo de Deus. Eu ví.

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