Ciro Gomes diz que gostaria de ser o próximo prefeito de Fortaleza, mas não pode

Foto de Máximo MOura da AL.


Ex-deputado do PSB fez palestra sobre desenvolvimento e economia verde, na Assembléia


"Eu gostaria, mas não posso ser o próximo Prefeito de Fortaleza”. O comentário é do ex-deputado Ciro Gomes (PSB), ao conversar com jornalistas após palestra no plenário da Assembléia Legislativa, na 3ª edição do Fórum de Ideias Inovadoras em Políticas Públicas (FIP). Ele quebra silêncio, que já durava sete meses. Por ser irmão do governador, Ciro fica impossibilitado de ir para a disputa. Por isso, frisa sobre 2012, que vai acompanhar a política mas, não pensa em candidatura.
Aproveitou para criticar a administração da prefeita Luizianne Lins, dizendo que as reclamações pela buraqueira, que mais se escuta, é secundária, o que falta é planejamento. Lembrou que dos 184 municípios cearenses, a Capital é a quarta pior nos níveis educacionais.
Já durante sua palestra, sobre o tema “Economia verde: uma agenda nas esferas públicas e privadas”, destacou que “O Brasil precisa parar de importar códigos e pensamentos”, criticando a importação também de valores internacionais, especialmente norte-americanos, que não refletem a realidade brasileira e nem os desejos das novas gerações do País.

Citando a recente votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, Ciro disse que resumir o debate de sustentabilidade ao confronto ruralista versus ambientalistas é simplificar o tema e os ambientalistas sempres sairão perdendo. “Isso não vai funcionar nunca. É um olhar fragmentário que impede o debate correto de questões como energia, emissão de gases poluentes e produção de manufaturados”, comentou inclusive que é inimaginável o Brasil sem energia elétrica. Citando um exemplo, destacou que o “dono da Natura diz que defende a natureza mas é cheio de multa dos órgãos ambientais.”

Outro questionamento feito por Ciro entra na filosofia do ser feliz pelo ter, lamentando a mudança de foco da busca por felicidade ficar associada a uma expectativa de consumo, nunca acessível pela renda sempre exígua da maior parte da população. “Se ser feliz é consumir um padrão mundialmente comunicado para ser aceito pelo grupo social, o desafio é dar conteúdo prático à dimensão do desenvolvimento sustentável. É buscar a otimização no curto prazo dos recursos naturais. É preciso ampliar a grande pergunta que hoje se impõe: o quanto custa? Precisamos saber também se determinada prática é amistosa ao meio ambiente e a quem beneficia.

Precisamos superar o debate fragmentado e encontrar quais políticas são mais úteis para a sociedade e mais toleráveis ao meio ambiente”, defendeu.

Silencio

A prefeita Luizianne Lins, em entrevista na TV Jangadeiro, disse que considera as críticas de Ciro, à sua administração, extemporânea e não tem nenhum interesse em respondê-las.

Com sites da AL e TV Jangadeiro

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