Imprensa - Conselho é censura, condenam deputados

Por Bruno Pontes
Da Redação

O lobby em favor de um conselho de comunicação no Ceará, reavivado pela deputada Eliane Novais (PSB) por conta da matéria da Veja sobre incidentes negativos envolvendo a prefeita Luizianne Lins (PT), continua a ser repudiado na Assembleia Legislativa.
“Estou preocupado com a possibilidade, mesmo que remota, da implantação de um jornalismo cubano, venezuelano ou norte-coreano no Brasil”, disse Ely Aguiar (PSDC). “Esse não é o tipo de jornalismo que queremos”.

Intitulada “A casa da mãe joaninha”, a reportagem da Veja cita o uso do cartão corporativo da Prefeitura para compras pessoais, o emprego de guardas municipais na segurança da mãe da prefeita e o movimento “Fora, Luizianne” na Internet.

Além disso, sugere um envolvimento amoroso dela com o empresário Carlos Fujita, o que Eliane, deputados petistas e até mesmo Ely e outros críticos frequentes de Luizianne julgaram uma impropriedade.

“A Veja cometeu uma leviandade ao sondar a vida pessoal da prefeita”, considerou Ely, para salientar: mas isso não é motivo para querer impor limites ao trabalho dos meios de comunicação. “Quantas vezes a imprensa não denunciou o Sarney, o Maluf? Se não tivéssemos imprensa livre, não teríamos tomado conhecimento dos mensalões, dos atos praticados pelo José Dirceu”.

“CONTRA A LIBERDADE”
O projeto sugerindo a criação do Conselho Estadual de Comunicação, de autoria da petista Rachel Marques, entrou num pacote de mais de 15 matérias aprovadas em bloco em outubro do ano passado pelos distraídos parlamentares que só perceberam o que haviam feito dias depois, com a notícia estampada nos jornais de fora.

“O projeto da Rachel que foi aprovado por nós é uma excrescência contra a liberdade de imprensa no Brasil”, desculpou-se e condenou a um só tempo Fernando Hugo (PSDB).
A instalação de conselhos estaduais para fiscalizar a imprensa foi uma das diretrizes da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), promovida em 2009 pelo PT e entidades irmanadas ao partido.

“NÃO É CENSURA”
Eliane Novais retrucou dizendo que, ao contrário do que supõem, ela não quer censura, e sim o chamado controle social, com o fim de “debater” e “avaliar” a imprensa. “É importante fazer a diferença entre censura e controle social. O conselho de comunicação nada tem a ver com censura, que fique claro”.

Segundo a deputada socialista, a sociedade brasileira inteira, representada pelos participantes da Confecom, pede um órgão dessa natureza. “Não fui eu nem foi a deputada Rachel Marques: foi o povo que decidiu pelo conselho na Conferência Nacional de Comunicação. Portanto, é democrático”.

Boicote à Veja
Revoltada com a matéria da Veja sobre os “vexames públicos, escândalos administrativos e protestos populares” que “corroem o já minguado capital político” de Luizianne Lins, Eliane Novais conclamou os cearenses a não mais comprar ou ler a revista.
“A Veja faz um desserviço aos cearenses. Sugiro que os cearenses não leiam mais esta revista, que é de direita e não tem credibilidade. Precisamos ter um conselho estadual de comunicação para evitar que absurdos como esses sejam publicados”, declarou a socialista terça-feira, na tribuna da Assembleia.

Penso eu - Este Conselho é algo tão fedorento quanto a idéia de censurar a Veja ou seja lá que órgão de imprensa seja. A Veja é uma revista cretina? É! Roubou de mim, ao publicar sem minha autorização uma foto postada neste blogue. Por isso estou levando a Veja às barras dos tribunais. Entretanto, defendo com todas as linhas, vírgulas e sem aspas, o direito da Veja publicar oque bem quiser e entender. Quem for prejudicado pela V eja ou até por este blog, ou quem quer que seja, que vá à Justiça e os tribunais julgarão suas reclamações. A liberdade de pensar, ler, escrever, falar, ouvir são dados por sociedades democráticas, não por censuras juvenis ou interesses escusos, como é este Conselho que os meninos foram enrolados, engabelados na Assembleia, e aprovaram.

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