Ausência - Secretários faltam de novo à sessão da CMF


O projeto “Câmara nos Bairros” realizou, ontem, na área da Regional II, Praia do Futuro, a segunda sessão itinerante e, novamente, a ausência dos secretários municipais e de alguns vereadores municiou as críticas e reivindicações populares.

Apenas, o secretário da SER II (Secretaria Regional Executiva), Humberto Júnior, e o secretário adjunto do Turismo, Assis Soares, compareceram ao encontro. Quinze vereadores participaram do encontro.

O presidente da Casa, vereador Acrísio Sena (PT), lamentou a pequena representação da gestão municipal, afirmando não haver justificativa. Isso porque, segundo ele, o objetivo do projeto é integrar o poder Executivo, Legislativo e a população. Sem os representantes da Prefeitura, a sessão se limita, somente, às reivindicações populares. Para os próximos encontros, segundo o petista, os secretários serão convidados por meio de requerimento público, assinado pelos 41 vereadores.

João Alfredo (PSol) também criticou a atitude do secretariado da prefeita Luizianne Lins (PT) que, pela segunda vez, deixou de participar do encontro. “A ausência não é desrespeito à Câmara Municipal, mas à população a que vieo buscar soluções para os problemas enfrentados pelas comunidades”, observou o parlamentar.

Outra crítica de João Alfredo foi a implantação da Zona Especial de Interesse Social (Zeis), além da regulamentação fundiária da Praia do Futuro. O prazo para regularizar as Zeis, após aprovação do Plano Diretor de Fortaleza, era de seis meses. Contudo, até hoje, nada foi realizado. O parlamentar, por sua vez, propôs a criação de um grupo de trabalho, envolvendo a Câmara, Patrimônio da União, Ministério Público e Prefeitura de Fortaleza, para fazer a regulamentação daquela área.

João Alfredo também cobrou o andamento do projeto Aldeia da Praia, apresentado durante a discussão da instalação de um estaleiro, no Titanzinho, e depois nunca saiu do papel. Marcílio Gomes (PMN) também cobrou a presença do secretariado, pois, de acordo com ele, as soluções só serão encontradas se intensificar o diálogo.

Voto de repúdio
A moradora Marlene Costa, propôs “voto de repúdio” aos vereadores. Isso porque, segundo ela, alguns parlamentares “pensam que somos currais eleitorais”, reiterando que o povo está reconhecendo o “valor do voto”.

Já a presidente da Federação de Bairros e Favelas, Gorete Pereira, lamentou a pequena representação do Poder Público. Segundo ela, o Executivo e o Legislativo precisam pensar políticas integradas para solucionar a saúde, educação e moradia.

Defesa
Diante das reclamações, o secretário Humberto Júnior, da Regional II, explicou que a problemática do esgotamento sanitário é consequência dos inúmeros terrenos pertencentes à área de Marinha e, portanto, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) fica impossibilitada de atuar na solução do problema. Sobre a coleta de lixo, Humberto Júnior afirmou ser regular. Mas, assim como outros locais da cidade, existem vias onde o caminhão da coleta não passa, e precisam ser melhor reavaliadas pela Prefeitura. A Saúde Pública, segundo ele, existem problemas. Mas, a gestão municipal tem realizado investimentos, apesar da carência de médicos para atender a demanda.

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