) Ciro deve engajar-se na campanha de Dilma



Depois de encontro, petista diz que espera contar com apoio do deputado


Após um rápido almoço ontem em Brasília com a candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, o deputado Ciro Gomes (PSB) afirmou que poderá engajar-se na campanha nacional petista com maior entusiasmo, aproveitando a empolgação já existente na campanha que visa a reeleger seu irmão, o governador Cid Gomes (PSB). Ciro mantinha-se afastado de Dilma desde que a cúpula do PSB, a pedido do presidente Lula, impôs Ciro a desistir da disputa ao Palácio do Planalto, o que o fez, na época, a escrever uma carta na qual desabafou sua chateação com o PT. Foi o primeiro encontro deles após a desistência do deputado.

Ao deixar o escritório de campanha da candidata, Ciro afirmou que “quanto ao entusiasmo, o nível de engajamento [à campanha da candidata do PT], na medida em que as minhas preocupações com o futuro do País vão se revelando, eu vou incrementando o meu entusiasmo”. Ciro, no entanto, recusou-se a responder sobre a gravação de programas eleitorais para publicidade em rádio e televisão em favor da petista, e também não garantiu a participação em comícios ao lado de Dilma Rousseff.

PALANQUE
Todavia, Ciro assegurou que acompanhará Dilma durante visita da presidenciável ao Ceará, num cenário diferente ao da última vinda da presidenciável ao Estado. Em abril, quando Ciro ainda era pré-candidato, a presença de Dilma foi considerada provocativa. “Você acha que se chegar uma pessoa como a Dilma, de quem eu sou amigo há tantos anos, de quem eu sou companheiro, admirador, quem o meu partido está apoiando, eu deixaria de recebê-la? Em nenhuma circunstância”, alegou o parlamentar.

Com isso, Ciro Gomes deu a entender que “a mágoa” era coisa do passado, pois, segundo ele, na democracia não prevalecem opiniões individuais, “por mais mérito que se tenham”, mas sim, a vontade da maioria.

CONCILIAÇÃO
O deputado afirmou também não entender os constantes questionamentos sobre seu apoio ao PSB, diante do engajamento na campanha de Dilma. Segundo ele, o seu partido tomou uma decisão, no caso, retirou “minha candidatura e apoia a ministra Dilma, e eu, naquele momento, declarei seguir a orientação do meu partido. Não sei por que remanescem algumas dúvidas”.
Apesar do discurso conciliador de agora, Ciro disse que ainda considera que o partido tomou “uma posição errada” ao descartar sua pré-candidatura. “A democracia brasileira perdeu uma oportunidade de ampliar o debate e a discussão”, acrescentou, entretanto, declarando-se disciplinado, reconheceu que seguirá a determinação do PSB. Ao final, quando questionado sobre se tinha saído diferente do encontro, Ciro foi irônico: “Minha gravata é a mesma”.

DILMA
A ex-ministra também adorou um discurso amistoso para com Ciro. “Se ele quiser participar, ele vai participar da forma como ele quiser”, disse, após o encontro, garantindo que deu absoluta liberdade para o deputado quanto ao engajamento em sua campanha. “Ciro vai fazer campanha lá no Ceará, a do Cid Gomes e a minha”, minimizou. Em relação às relações pessoais, a candidata petista garantiu que são as melhores possíveis. “Tem pessoas na vida que a gente nunca deixa de encontrar porque tem o pensamento muito parecido. Ciro foi uma pessoal muito leal e corajosa na hora que a gente mais precisou, na hora mais difícil”, referindo-se à época do estouro do escândalo do mensalão, em 2005 (com informações da Agência Brasil e do Folha Online).

Penso eu - Gostaria de aprender como se incrementa o entusiasmo.

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