Fotografia é história - Bem humorado Metha



O indiano Zubin Metha é um dos maestros mais premiados do mundo. Seu estilo é marcante, tem dinâmica musical própria, mescla leveza e força ao mesmo tempo. Nascido em Bombaim, é cidadão honorário de várias cidades da Europa, das Américas e do Oriente. Zubin Metha foi casado com a soprano canadense Carmen Lasky até 1967. Depois de divorciar-se, uniu-se à atriz de tevê e produtora de filmes americana Nancy Kovack, mais alta que ele dez centímetros.
Como foi – A gente encontra no dia-a-dia do jornalismo personagens tão previsíveis quanto surpreendentes. Mas o maestro Zubin Metha fica para o segundo exemplo. É uma figuraça, bem humorado, espirituoso. Em Brasília para reger um concerto na Sala Villa-Lobos, o reconheci acompanhado da então namorada Nancy, passeando como simples turista na Praça dos Três Poderes, o lugar mais procurado pelos visitantes da capital. É também passagem obrigatória para quem vai da sede do Supremo Tribunal Federal para o Palácio Planalto, como era o meu caso. Ele se esmerva para acertar o foco da própria câmara, tentando enquadrar miss Nancy com o edifício do Congresso ao fundo. Ofereci-me para fazer uma foto do casal. Sorrindo, aceitou, dizendo que o forte dele não era a imagem, e sim, o som. Juntinhos, fizeram pose, fotografei-os com a câmara dele. Perguntei-lhe sobre o que estava achando da arquitetura de Niemeyer. Respondeu-me que em sua agenda de viagens estão sempre cidades tradicionais, antigas. Mas, assim como sua maneira de reger, sentia que a capital do Brasil é leve, limpa e moderna. Ao despedir-se, o maestro não perdeu a chance de fazer um galanteio para a namorada. Pilheriou dizendo que em seu país há um provérbio conhecido: à frente de um pequeno homem há sempre uma grande mulher. E fez essa pose, escondendo-se às costas da risonha e futura esposa.
Orlando Brito.

Aliásmente...Alguns e.mails chegam a este humilde blog querendo saber se a gente aqui tinha bala pra bancar esta postagem diária do Orlando Brito, um fotógrafo que encanta o Basil e o Mundo há décadas com sua arte e seu olhar...vamos dizer...danadíssimo! Respondo sem nenhuma arrogancia: É por bem querer. E não me peçam explicações maiores. Ambos continuamos espadas! Mas amigos de velhos carnavais!

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