Por Natalie Caratti
Especial para O Estado
Casa arrumada. A expressão cabe ao médico e superintendente do Instituto de Previdência do Município (IPM), Mário Mamede. Ele comenta que termina o ano sem dívida, com todos os pagamentos em dia e equilibrado do ponto de vista orçamentário-financeiro.
O médico considera a situação atual do IPM um avanço para a gestão e aponta as causas: “Realizamos o primeiro chamamento público para credenciamento no edital. Toda a rede foi submetida a processo de avaliação. Foi ampliado em 84% o serviço odontológico e conseguimos fechar o ano com o banco de dados 70% concluído”. Mário aposta que o trabalho em equipe contribuiu para quitar as dívidas.
Mas as reivindicações por parte do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindfort) ainda persistem. De acordo com Narcélia Silva, presidente do Sindfort, uma das reclamações mais frequentes é sobre a redução de consultas e a falta de um Conselho Administrativo Fiscal.
“Cada usuário tem direito a duas consultas, se a pessoa tem 10 filhos e todos utilizam a mesma matrícula, como fica? E também estamos esperando que sejam instituídos conselhos. A legislação determina conselhos para o IPM. Queremos que o IPM garanta nossa aposentadoria e saúde de qualidade, não é plano de saúde e sim uma questão de saúde pública”, aponta Narcélia.
FLEXIBILIDADE
Para os questionamentos, Mamede prevê mudança. Em 2010, haverá flexibilidade no número de consultas por servidor. Ele explica que, a partir da necessidade de consultas das pessoas que compõem a matrícula do servidor, será aberta a exceção. E completa: “normatizamos uma série de questões. Abuso de procedimentos que geravam custos e filas”.
De acordo com Mamede, no dia 27 de novembro deste ano foi lançada no Diário Oficial do Município, a criação do Conselho Administrativo Fiscal, mas que terá temporalidade de 90 dias para funcionar.
Antes eram filas, agora o servidor pode marcar diretamente nas clínicas as consultas. Para Maria Ivoneide Marques, a nova alternativa foi satisfatória. “Agora podemos marcar direto nas clínicas, nisso melhorou muito. Mas, tem clínica que a gente confia mais, não quer mudar e o IPM está descredenciando as clínicas melhores”.
No final deste ano, o IPM teve R$ 380 milhões de recursos da Previdência investidos. Segundo informações do IPM, foram 56,5% dos 32 mil servidores da rede municipal recadastrados. Quem ainda não fez o recadastramento, poderá procurar o órgão entre os dias quatro e 29 de janeiro. Nesse período, será feita a “repescagem”.
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