Deu no Josias de Souza


Wilson Dias/ABr
Ciro diz que não é segunda opção de Lula para 2010

Ciro Gomes manteve o pé no asfalto neste domingo (27). Pela manhã, esteve em Bauru (SP). À noite, em Campo Grande (MS).
Nas duas cidades, o presidenciável estrelou encontros promovidos pelo seu PSB.
Na capital sul-mato-grossense, disse que não se considera “nenhuma segunda opção" de Lula, hoje fechado com a candidatura petista de Dilma Rousseff.
Sua prioridade, ele repisou, é evitar que o grupo de FHC retorne ao Planalto. Leia-se José Serra.
"Farei todo o possível para que isso não aconteça. Vamos bater com toda a força", disse Ciro.
Entre risos, afirmou que dispõe de "um trunfo na manga para acabar com o Serra". Vaticinou: "Vamos tirar todos os votos dele".
Espera que Dilma o acompanhe “nessa luta”. Mas não crê que Lula abra mão de sua candidata:
"Não é justo esperar isso dele. Fica a critério da ministra lutar ao nosso lado".
Curiosamente, na passagem por Bauru, um reduto tucano, Ciro cuidara de atenuar os ataques que dirigira a Serra na véspera.
Discursando para sindicalistas, dissera que o rival tucano “é feio pra caramba, mais na alma do que no rosto”. Era piada, Ciro alegou em Bauru.
"Faço política com humor, não tenho nenhum desentendimento pessoal com o Serra, mas não tem jeito, trazem para os jornais essas bobagens...”
“...Aquilo foi uma brincadeira, depois de eu falar sobre diversos temas". No sábado, instado a reagir a Ciro, Serra saíra de banda: “Não vou entrar em nenhuma baixaria”.
Na noite quente de Campo Grande, Ciro parecia já ter retomado o humor que, no seu caso, é ciclotímico. Serra foi, de novo, o alvo solitário de suas "brincadeiras".
Há mais cálculo do que humor por trás dos ataques. Guindado à condição de segundo colocado nas pesquisas, Ciro precisa fustigar quem está acima dele, não os de baixo.
Sendo Serra o primeiro colocado, a tarefa é mais prazenteira. Ciro, de fato, não o suporta. Ataca-o com tanto gosto que a coisa acaba virando mesmo diversão.

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