Battisti diz a deputados que corre perigo de vida ser for extraditado

Da Agencia Camara
O ex-ativista italiano Cesare Battisti afirmou hoje a um grupo de deputados que corre perigo de vida ser for extraditado. Battisti obteve do Ministério da Justiça a condição de refugiado político e está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue o caso.
Deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara visitaram Battisti hoje. O deputado Domingos Dutra (PT-MA), que integrou a comitiva, disse que o italiano está sob estresse muito grande, mas esperançoso de que o STF confirme a decisão do governo brasileiro.
Dutra informou que, segundo relato de Battisti, os agentes que comandam o sistema penitenciário italiano teriam feito um manifesto condenando o ex-ativista. "Há um receio muito grande de que, se o Supremo determinar a extradição, ele seja assassinado na Itália", disse o deputado.
Domingos Dutra anunciou que vai apresentar requerimento à Comissão de Direitos Humanos para realização de audiência pública sobre o assunto com o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Posição contrária
Deputados de oposição têm acusado o governo brasileiro de adotar uma posição ideológica no caso. As autoridades italianas afirmam que Battisti foi julgado por crime comum e não político --ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas.
O governo da Itália impetrou no STF mandado de segurança para assegurar a extradição do ex-ativista.
Prisão
No começo do mês, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, encaminhou parecer ao STF recomendando que Battisti permaneça preso. Para Souza, os crimes do italiano ainda não prescreveram.
A defesa do italiano pediu ao STF que revogue a prisão preventiva ou conceda a prisão domiciliar e arquive o processo de sua extradição para a Itália sem julgamento do mérito. No recurso, os advogados afirmam que o crime já estaria prescrito tanto pela legislação brasileira quanto pela italiana. Os advogados sustentam ainda que o fato de Battisti ter recebido status de refugiado político do Brasil torna o processo de extradição sem efeito.
No entendimento do procurador-geral, no entanto, de acordo com o Código Penal brasileiro, os crimes do italiano só devem prescrever em 2011 e 2013. Souza afirma ainda que a prisão de Battisti se faz necessária até que o pedido de extradição feito pelo governo italiano seja julgado pela justiça brasileira.

Penso eu: O que vem a ser ativista. Vem do Grenn Peace?

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