Diplomata à frente do meio ambiente


Diogo Schelp
Diplomata ficará a cargo de combate a mudanças climáticas, diz Salles

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, diz que o diplomata de carreira Marcus Paranaguá, atualmente conselheiro na embaixada do Brasil em Buenos Aires, será o novo chefe da Secretaria de Relações Internacionais, encarregada do combate às mudanças climáticas. "Ela passará a se chamar Secretaria de Clima e Relações Internacionais e terá um perfil mais executivo", diz Salles. O diplomata assumirá o cargo em maio e, até lá, as funções serão desempenhadas por um interino da própria equipe do ministério. A secretaria era comandada desde janeiro de 2019 pelo também diplomata Roberto Castelo Branco Coelho de Souza. Na quarta-feira (26), foram publicadas as exonerações de Souza, de seu vice e de um coordenador. Segundo Salles, Roberto Castelo Branco saiu por motivos de saúde. "Aproveitamos e mudamos tudo", diz o ministro. Trata-se de uma área sensível para a atual gestão do Ministério do Meio Ambiente, que é acusada por ONGs e governos estrangeiros de não cooperar nos esforços contra o aquecimento global. Roberto Castelo Branco chegou a ser vaiado em agosto do ano passado em um evento em Salvador (BA), ao apresentar dados de desmatamento. Ele teve de sair escoltado do simpósio.
 

Foto - Marcos Paranagua é esse senhor ai, ao lado de quem estou numa tarde friorenta de NY.

Assembleia pronta pra trabalhar hje e amanhã




Presidente da AL faz convocação extraordinária para debater proibição de anistia a militares


Reunião entre o presidente José Sarto e deputados estaduais, nesta sexta-feira (28/02) Reunião entre o presidente José Sarto e deputados estaduais, nesta sexta-feira (28/02) Foto: José Leomar
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PDT), atendendo envio de mensagem do governador Camilo Santana (PT), anunciou, na noite desta sexta-feira (28/02), convocação do Poder Legislativo para a realização de sessão extraordinária neste sábado (29/02), às 9h, a fim de dar início à tramitação de Proposta de Emenda Constitucional que proíbe a anistia para militares que se envolvam em movimentos ilegítimos de paralisação ou motim.
"Teremos, a partir de amanhã, a primeira sessão extraordinária, estendendo para sessão no domingo, segunda e terça, cumprindo todo o processo legal", explicou Sarto. Segundo o parlamentar, se for necessário, é possível haver pedido de urgência e quebra de interstício para tramitação da matéria, que pode até ser votada neste fim de semana.
O presidente da AL lembrou que há um debate no Congresso Nacional sobre a anistia para militares. "O próprio ministro da Defesa salientou de forma muito clara que quem vai entrar na força militar já entra sabendo que é inconstitucional fazer greve, porque é um serviço armado e essencial", ressaltou.
"No momento, é preciso que se reafirme que não haverá anistia, pois não são policiais militares, são bandidos usando balaclava e arma para aterrorizar a população cearense. Estamos garantindo que aqueles que cometeram abusos e excessos certamente terão seu processo legal, com direito ao contraditório, que sejam responsabilizados e que não possa haver anistia para quem cometeu crime dessa natureza", avaliou o presidente do Poder Legislativo.
Na mensagem 8.491/2020, o governador Camilo Santana ressalta que a medida é necessária "diante da gravidade e dos prejuízos que tais movimentos, ilegítimos por natureza, acarretam para toda a sociedade cearense, em evidente desrespeito à ordem jurídica e constitucional".
Na sessão extraordinária sábado, os deputados também deverão votar mensagem 8.485/20, também de autoria do Poder Executivo, que altera a Lei nº 14.101, de 10 de abril de 2008, para fixar novo piso salarial aos agentes comunitários de saúde vinculados ao estado do Ceará.
(Da Agência de Notícias da AL)

Opinião

- Quando um comando é fraco, os subalternos são covardes". Coronel Cintra ex comandante geral da PM do Ceará.

Bom dia


Eis que o sábado começou assim em Fortaleza.

Capa do jornal OEstadoCe


O dia


Está no UOL


Bolsonaro ataca jornalista e alfineta Congresso: "Não consigo aprovar lá"

Do UOL, em São Paulo
27/02/2020 20h23Atualizada em 27/02/2020 23h14
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou duramente a jornalista Vera Magalhães durante transmissão ao vivo realizada na noite de hoje pelas redes sociais.
A jornalista foi a primeira a noticiar que Bolsonaro teria compartilhado vídeos no WhatsApp que convocam a população a participar de manifestações em favor do governo e contra o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), marcadas para 15 de março. Ela, então, passou a ser hostilizada por bolsonaristas e teve até mesmo dados pessoais divulgados nas redes sociais.

Durante a live, Bolsonaro disse que Vera divulgou apenas prints da mensagem e que o vídeo, em questão, era de convocação para uma manifestação de 2015.
"É um vídeo que eu peço comparecimento do pessoal no dia 15 de março de 2015 que, coincidentemente, também cai no domingo. Então, em cima disso, você fez uma matéria que eu estaria disparando WhatsApp pedindo na manifestação, no dia 15 de março, agora", disse Bolsonaro.
Realmente, o dia 15 de março de 2015 ficou marcado por uma série de manifestações contra a corrupção. Porém, diferentemente do que diz o presidente, Vera Magalhães divulgou, sim, o vídeo de quase 1min29seg —e não só uma print— em seu perfil nas redes sociais e em sua coluna no BR Político, do jornal O Estado de S. Paulo. Nas imagens, Bolsonaro aparece já com a faixa presidencial e ao lado da primeira-dama, Michelle. A imagem em que Bolsonaro leva uma facada, durante ato de campanha em setembro de 2018, também aparece no vídeo.
Ainda durante transmissão, Bolsonaro usa termos como "eu não sou da sua laia" e "toma vergonha na cara" para se dirigir à jornalista.
O presidente ainda repetiu frase que havia proferido contra outra jornalista, Patricia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, na semana passada, dizendo que Vera Magalhães "queria dar o furo, um furo de reportagem". À época das ironias contra Campos Mello, Bolsonaro foi criticado por órgãos e associações de imprensa, entidades de defesa do direito da mulher e por políticos.
O compartilhamento de vídeos pelo presidente da República contra o Congresso e o STF também foi criticado, inclusive pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e por ministros do Supremo, como Celso de Mello.

"Tenho vergonha na cara. Espero o mesmo do senhor"

Minutos depois, Vera Magalhães respondeu aos ataques de Jair Bolsonaro também através das redes sociais.
"O presidente Jair Bolsonaro me atacou na live semanal e, antes, na porta do Alvorada. 'Já que você é mulher, se eu falar qualquer coisa vão falar que eu estou agredindo as mulheres, tenha mais vergonha na cara'. Eu tenho vergonha na cara, presidente. E espero o mesmo do senhor", disse ela.

"Não consigo aprovar o que eu quero lá"

Apesar de dizer que compartilhou vídeos de 2015, Bolsonaro aproveitou a transmissão desta noite para alfinetar o Congresso Nacional.
"Alguns falam que eu não tenho articulação com o Congresso. Realmente eu não consigo aprovar o que eu quero lá. Até gostaria que fosse botada alguma coisa, muita coisa, mas [o projeto] não é botado em pauta. É a regra do jogo. E você tem que respeitar", disse ele.
"Gostaria de fazer muito mais pelo Brasil. Estou há seis meses com um projeto na Câmara. Não vou desistir, vou buscar fazer tudo o que eu prometi. O Parlamento nosso tem lá os seus problemas. Eu quero o Parlamento mais atuante. Pelo que eu estou sabendo, vai ser uma rede diferente da Globo. Torço para que isso seja verdade", prosseguiu, em tom de desabafo.
"Eu gostaria que a nossa Medida Provisória da carteira digital de estudante, por exemplo, não caducasse. Não foi colocado em pauta. Acabou o tempo, acabou. Quem quiser ter carteira de estudante, terá que pagar R$ 35. É dinheiro para a UNE. Nem é questão de tirar dinheiro da UNE. É para o estudante não ter que gastar", concluiu.