Em Roma - Italia
Primeira missa em honra à Santa Dulce dos Pobres
14 de outubro- Local: Basílica Sant’Andrea della Valle (Corso Vittorio Emanuelle II - Roma)- Horário: 10h (hora local)- Não é necessário ingresso para acesso à missa- Celebração pela Canonização de Irmã Dulce
Treis cearenses beneficiados
139 municípios ganham reforço de 1.300 equipes de saúde
HORIzONTE PALMACIA E QUIXADÁ SÃO OS CEARENSES
As novas equipes são formadas por médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários que atuam na Atenção Primária
Mais 1.333 novas equipes da Atenção Primária passam a ser financiadas pelo Ministério da Saúde em 139 municípios brasileiros. Para a contratação desses profissionais, a pasta irá repassar às secretarias municipais de saúde cerca de R$ 15 milhões ainda neste ano. A iniciativa representa mais acesso ao atendimento nas unidades de saúde da Atenção Primária, onde as doenças mais frequentes são acompanhadas, como diabetes, hipertensão e tuberculose. O credenciamento das equipes, que possibilita o apoio financeiro do Governo Federal, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Ao todo, foram credenciados 900 novos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), 198 novas equipes de Saúde Bucal e 235 equipes de Saúde da Família. Essas equipes são compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, além de profissionais de saúde bucal, como cirurgiões dentistas e técnicos de odontologia.
Esses profissionais atuam nas Unidades de Saúde da Família (USF), que ficam próximas à residência do cidadão e permite acesso a cuidados preventivos, com consultas regulares, exames de diagnóstico, administração de vacinas e medicamentos, consultas pré-natal, entre outros cuidados. A proximidade da Equipe de Saúde da Família com a comunidade permite que se conheça melhor o cidadão, garantindo maior adesão aos tratamentos e a intervenções médicas indicadas. Assim, neste nível de atenção, é possível resolver cerca de 80% dos problemas de saúde, sem a necessidade de encaminhamento aos serviços de emergência, como Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) e hospitais.
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Atenção Primária ganha reforço de quase 2 mil novas equipes de saúde
Ministério da Saúde investirá mais R$ 233,6 milhões na Atenção Primária
FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Em setembro, outras 1.878 equipes já haviam sido credenciadas: 1.240 novos Agentes Comunitários de Saúde, 314 equipes de Saúde da Família e 324 novas equipes de Saúde Bucal, reforçando a assistência em 156 municípios, a partir de um investimento de R$ 26,3 milhões ainda neste ano. Assim, em menos de um mês, ao todo, foram 3.211 novas equipes credenciadas para atuar na Atenção Primária.
Essas novas equipes e agentes se somam ainda às quase 10 mil equipes e serviços da Atenção Primária credenciados em julho para expandir a cobertura da Estratégia Saúde da Família, com investimento de R$ 233,7 milhões em 2019 e de quase R$ 400 milhões a partir de 2020. Na ocasião, foram credenciadas 1.430 Equipes de Saúde da Família, 1.472 de Saúde Bucal e 6.287 Agentes Comunitários de Saúde, além de outros serviços da Atenção Primária.
Com a iniciativa, mais de 10 milhões de pessoas passam a ser assistidas no país.
Os recursos para custeio dos novos serviços começam a ser repassados pelo Governo Federal aos estados e municípios a partir do momento em que as novas equipes e serviços credenciados são de fato implantados, ou seja, iniciam o atendimento à população. As contratações, assim como o início das atividades dos novos profissionais e serviços, competem aos gestores municipais e estaduais.
Atualmente, existem cerca de 43 mil equipes de Saúde da Família no país responsáveis pelo atendimento de pelo menos 63% da população. A meta é alcançar 50 mil equipes de Saúde da Família na Atenção Primária, cobrindo 70% da população até 2020.
SAÚDE DA FAMÍLIA
A Estratégia Saúde da Família mantém equipes de profissionais que atendem a população nas Unidades de Saúde da Família. Cada equipe é formada por um médico, um enfermeiro, técnico de enfermagem, cirurgião dentista e Agentes Comunitários de Saúde e de combate às endemias.
O principal objetivo é atender e resolver os problemas de saúde comuns e frequentes da população. A Estratégia Saúde da Família busca ainda promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação, tabagismo, entre outros.
Opinião
Textos sobre a vida
Apresentamos, para
a reflexão do leitor, três textos sobre a vida, mostrando atitudes e
sentimentos da pessoa humana. Podemos dizer que dois são poemas prosaicos e o
outro uma poesia. A- Paradoxos da vida: Dá mais pena uma pessoa poderosa e
corrupta na cadeia, que um mendigo vivendo embaixo de um viaduto. É mais triste
uma velha senhora milionária morando sozinha no Leblon, que uma viúva sem
nenhum recurso, abandonada com filhos no sertão nordestino. A dor é maior ao
tirar uma verruga do rico, que amputar, a frio, a perna de uma criança
indígena. Revolta mais a lancha para lazer enguiçar no mar de Búzios, do que a
jangadinha do pescador cearense virar pela força do vento. É mais grave não
orientar no trânsito o homem do carro de luxo, que o trabalhador montado em sua
velha bicicleta. É mais melancólico o velório de um cidadão importante, do que
sepultar uma criança que morreu de fome. B- Por quê?: A vida é um belo dom, não
se sabe a hora da partida, passa rápido como o som. Por que ambicionar o poder?
Mais vale cumprir o dever. Por que cada vez mais buscar o dinheiro? Importante
é ser um cidadão inteiro. Por que tanta vaidade? Nunca traz felicidade. Por que
a inveja? Atitude que nada almeja. Por que a ausência da solidariedade?
Comportamento que leva a deslealdade. Por que a humildade? Sentimento que
demonstra bondade. Por que a harmonia? Para se alcançar a sabedoria. C- Jardim
da vida: Quão lindas são; Rosas perfumadas. Paz na infância amada; Orquídeas da
felicidade, Alegria da mocidade; Margaridas da pureza, Maturidade com beleza;
Hortênsias do amor, Velhice sem dor. Enfim, a vida é uma flor. Encerramos estes
pequenos textos com duas lindas citações: “Tudo vale a pena quando a alma não é
pequena” (Fernando Pessoa) e “Quem não tem jardins por dentro, não planta
jardins por fora e nem passeia por eles” (Rubem Alves).
Gonzaga
Mota
Prof.
aposentado da UFC
Ex Governador do Ceará e meu amigo
Boa tarde
Tudo o que acontece no universo tem
uma razão de ser; um objetivo. Nós como seres humanos, temos uma só
lição na vida: seguir em frente e ter a certeza de que apesar de as
vezes estar no escuro, o sol vai voltar a brilhar.
Irmã Dulce
Será que vai contar do rolo da Santa Casa?
Prefeito Ivo Gomes fará palestra em evento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em São Paulo
A
convite do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o prefeito
Ivo Gomes será um dos palestrantes na sessão de “Infraestrutura
Sustentável e Cidades Verdes”. O evento, que ocorrerá em São Paulo, nos
dias 14 e 15 de outubro, é organizado pela Iniciativa Financeira do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-FI) e Febraban,
com o apoio do CAF.
O
programa destacará liderança e inovação em serviços bancários, seguros e
investimentos sustentáveis e fornecerá informações sobre a integração
da sustentabilidade na tomada de decisões estratégicas e na prática do
mercado.
O
“Infraestrutura Sustentável e Cidades Verdes” visa compartilhar lições
aprendidas e estudos de caso da região para enfrentar os obstáculos que
impedem o aumento de recursos para infraestrutura resiliente (capacidade
que uma cidade tem de resistir, absorver, adaptar-se e recuperar-se da
exposição às ameaças) e cidades sustentáveis.
O cenário está pronto
Igreja Católica quer recuperar rebanho perdido com recorde de canonizações
Neste domingo, 13, a freira baiana irmã Dulce se tornará a primeira santa nascida no Brasil — processo foi o terceiro mais rápido da história
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11 out 2019, 13h35 - Publicado em 11 out 2019, 06h00
Para Francisco, a canonização de domingo, de irmã Dulce e outras quatro pessoas, é um gesto de coerência de seu pontificado, o da celebração da Igreja que se aproxima dos desvalidos — tanto a brasileira quanto a freira italiana Giuseppina Vannini, a indiana Mariam Thresia, a suíça Marguerite Bays e o inglês John Henry Newman, sacerdote anglicano convertido ao catolicismo no fim do século XIX, ostentaram em vida o permanente contato com as vozes humildes. Levá-los aos céus, para a veneração em terra, é uma tentativa de recuperação do rebanho perdido para o avanço das denominações evangélicas. Diz o sociólogo Francisco Borba, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC de São Paulo: “Desde o Concílio Vaticano II, nos anos 60, há um esforço da Igreja de mostrar a ideia de que todos podem ser santos”. Francisco leva essa ideia, que alguns consideram populista, ao apogeu.
Não por acaso, o papa argentino é o que mais fez santos (veja o quadro) — são 898 em apenas seis anos de pontificado, incluindo uma canonização coletiva de 813 pessoas no terceiro mês de seu mandato. No documento Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai), de 2018, ele decretou: “Ser pobre no coração — isto é santidade”. Para Geraldo Hackmann, professor de teologia da PUC do Rio Grande do Sul, “do ponto de vista prático, a canonização fortalece a Igreja Católica, aproximando os fiéis”. Outra maneira de fortalecimento proposta por Francisco é a que está em discussão no Sínodo para a Amazônia, que se realiza em Roma até a próxima semana: a ordenação de homens casados, atalho para expandir o alcance da fé católica nos grotões.
No Brasil, o recente movimento de migração religiosa, de encolhimento do catolicismo, foi acachapante. Nas periferias, sobretudo, os líderes pentecostais se aproveitaram da ausência do Estado e da Igreja Católica para atuar como guias espirituais e promotores do assistencialismo. O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, com 123 milhões de seguidores, mas, mantida a tendência atual, em no máximo trinta anos católicos e evangélicos poderão estar empatados em tamanho na população. Em 1970, 92% dos brasileiros eram católicos — hoje, são 64%. Quem mais cresce são os evangélicos, que, em quase cinquenta anos, saltaram de 5% da população para 22%. “O impacto dessa mudança é grande para a Igreja Católica”, diz José Eustáquio Diniz, demógrafo da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. “A Rússia teve revolução e permaneceu ortodoxa. Os Estados Unidos, mesmo com a Guerra Civil, se mantiveram protestantes. Entre os países grandes, mudanças desse tipo só ocorreram em consequência de guerras e revoluções. No Brasil, a revolução é silenciosa.” Santa Dulce dos Pobres pode vir a ser o ímã de recuperação católica, e sua inspiradora trajetória tem força inigualável, capaz de reunir, num só personagem, humildade e perseverança, delicadeza e aspereza.
Em nome dos pobres e dos doentes, a mulher de 1,48 metro era gigante. Criou um dos maiores complexos de saúde do Brasil, o Hospital Santo Antônio, em Salvador, que hoje faz 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, gratuitamente. Ela atraía atenção, carinho e dinheiro de políticos e empresários como Antonio Carlos Magalhães e Norberto Odebrecht. Nascida numa família de classe média (filha de dentista e professor), tinha uma afeição espantosa pelos miseráveis. Certa vez, foi alimentar um morador de rua. Na primeira colherada, ele cuspiu a comida na cara da religiosa. Dulce reagiu: “A primeira colher era para mim mesmo, agora coma você”. Invadiu casas para abrigar gente que morava nas ruas. Foi afastada de sua congregação, a das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em razão de suas atividades, que não seguiam regras tradicionais.
Era natural, quase vocacional, que o mundo ao redor de Dulce a levasse ao vestibular da Congregação para a Causa dos Santos. Seus seguidores sabem, de cor e salteado, os dois milagres que a tornaram santa — a hemorragia subitamente estancada da funcionária pública sergipana Claudia Cristina dos Santos, que sofreu durante dezoito horas depois do parto e se salvou ao ouvir orações de seguidores de irmã Dulce, e a cegueira rapidamente solucionada do maestro baiano José Mauricio Moreira, que conviveu catorze anos com um glaucoma e recuperou a visão ao esfregar a imagem da freira nos olhos. A dupla de eventos, reconhecida pelo Vaticano, é apenas a pequena ponta de um imenso iceberg. “Desde a morte de irmã Dulce, cerca de 13 000 relatos de supostos milagres chegaram às Obras Sociais Irmã Dulce”, diz Osvaldo Gouveia, museólogo da entidade inaugurada pela freira. Eles são enviados por e-mail ou cartas de todo o país. Bahia, Minas Gerais e São Paulo são os estados que mais encaminham testemunhos de fé. Alguns foram rapidamente descartados no processo de canonização, por improváveis — outros seguiram adiante, para o escrutínio oficial, e, por alguma impossibilidade de confirmação religiosa, permaneceram apenas no coração e nas lembranças dos salvados. A reportagem de VEJA selecionou quatro histórias, entre as dezenas de milhares propostas, de pessoas que acreditam ter recebido um milagre ao rezar a irmã Dulce, relatos colhidos nas cidades paulistas de Santo André, Santa Bárbara d’Oeste e Jaguariúna, que abriga a primeira paróquia dedicada a Dulce no país (leia abaixo).
Não é fácil ser santo, e irmã Dulce entrou numa engrenagem que talvez seja a mais severa (e fascinante) da Igreja. Na Antiguidade, quase todo mártir cristão era alçado à condição de santo. Não havia regras, daí o número de 27 000 santos listados. No século XVI, o papa Sisto V determinou que apenas o sumo pontífice poderia conceder o definitivo nihil obstat (nenhuma objeção, em latim). Instalou-se, a partir daí, uma complexa estrutura na fábrica de santos — tão intrincada, tão repleta de subterfúgios, que rapidamente se transformou em máquina de desvio de dinheiro e corrupção ao longo dos séculos. Em um livro de 2015, Via Crúcis, o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi revelou, com base em documentos sigilosos, que o escritório do Vaticano encarregado das canonizações chegava a pedir até 50 000 euros para abrir determinadas causas. Um único processo de santificação poderia custar 750 000 euros, para análise de postulados, pagamento de traduções, contratação de médicos — sim, todo milagre só é aceito desde que a medicina seja incapaz de explicar recuperações do corpo humano — e, em casos escandalosos, o pagamento de pareceres. Quatro meses depois das denúncias, o papa Francisco criou novas regras para o rito. Em 2016, ele definiu que toda contribuição para qualquer processo de canonização tem de ser depositada numa única conta e gerenciada por um único administrador, que deve “escrupulosamente respeitar as intenções dos contribuintes”. Irmã Dulce foi canonizada sem nenhum atalho irregular. Em depoimento ao jornalista Graciliano Rocha, no livro Irmã Dulce, a Santa dos Pobres (Editora Paralela), o banqueiro Ângelo Calmon de Sá estima que a causa tenha custado 1 milhão de reais entre 1999 e dezembro de 2010, momento da beatificação anunciada por Bento XVI. O dinheiro veio de doações.
A iniciativa de Francisco, moralizadora, segue a trilha inaugurada por João Paulo II — de simplificação e transparência na estrada que vai dar nos santos (embora, ressalve-se, nem sempre bem-sucedida). Na Constituição Apostólica Divinus Perfectionis Magister, de 1983, o papa polonês determinou mudanças fundamentais. A principal: o número de milagres para a beatificação caiu de dois para um, e o da canonização, de quatro para dois. Além disso, dentro da estrutura da Santa Sé, a definição dos santos deixou de ser a briga eterna entre os defensores das causas e os chamados “advogados do diabo” e passou a se espelhar nos processos acadêmicos, de concessão de doutorados. Nas palavras do padre americano Richard Gribble, “era um julgamento e agora é uma investigação”. Longa, mas necessária — e interessante demais para ser desdenhada.
Depois da morte do candidato, uma petição formal é submetida a Roma para os passos inaugurais da beatificação (no caso de irmã Dulce, os primeiros papéis pousaram em Roma em janeiro de 2000). Com a aprovação, a diocese local indica um postulador, o encarregado de reunir os testemunhos, de reconstruir a vida do pretendente (o advogado de Dulce foi o teólogo calabrês Paolo Vilotta, de 37 anos, sempre muito bem-vestido e permanentemente calado). O passo seguinte é a exumação do corpo, modo de garantir que a pessoa existiu (dali foram extraídos os fragmentos ósseos da baiana levados a Francisco). Com o material reunido, o relator finaliza o positio, peça derradeira de defesa da postulação, submetida aos cardeais da Congregação para a Causa dos Santos, que então se debruçam sobre os supostos milagres, convocando médicos especialistas — pelo menos sete. Um milagre tem de ser preternatural (quando a ciência não é capaz de explicá-lo), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.
Na visão do Vaticano e dos fiéis, os santos e as santas levam a Deus as súplicas de seus semelhantes. Feita santa, Irmã Dulce dos Pobres tem pela frente um desafio, que, se não pode ser considerado milagroso, porque seria desrespeitoso imaginá-lo assim, é árduo: iluminar os caminhos para a Igreja Católica no Brasil. Essa talvez seja sua grande missão a partir deste domingo, 13, dia em que Francisco, o papa simples, vai canonizá-la.
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“irmãzinha, me livre dessa dor”
“Eu tinha a síndrome do túnel do carpo, doença que incapacita os movimentos do braço pela dor que causa. Os sintomas iam de formigamento a uma dor lancinante, que vinha e voltava. Um dia, o médico disse que não havia mais solução, só operando. Mas tive de me submeter antes a uma outra cirurgia. Em recuperação desse procedimento, senti a pior dor da minha vida. Chorava como criança. Por uma razão inexplicável, me veio à cabeça a beata Dulce: “Por favor, irmãzinha Dulce, me livre dessa dor”, rezei, e rezei. Nunca tinha rezado a ela. A dor sumiu na hora. Isso foi há treze anos, e a dor nunca mais voltou. Hoje eu participo de grupos de pescaria, pesco peixe de 2,5 quilos. Foi um milagre.”Carmelita Bedin, 81 anos. Santo André (SP)
“Ela apareceu para mim”
“Em 2014, minha mulher teve de se submeter a uma cirurgia arriscada. Ela podia ter uma inflamação no pâncreas. Decidimos pela operação. Durante o procedimento, tive a forte sensação de que eu iria perdê-la. Coloquei as mãos no rosto e vi, de olhos fechados, a imagem de uma mulher baixinha com um pano na cabeça. Ela me falou: “Pode ficar tranquilo, estou cuidando dela”. Minutos depois, soube que operação tinha sido bem-sucedida. Após alguns dias, ao ver uma foto de irmã Dulce no jornal, percebi que a pessoa que havia aparecido para mim era ela. Foram dois milagres: ela salvou minha mulher e me deu uma fé inabalável.”Pedro Florentino, 58 anos, e a mulher, Aparecida, 52. Santa Bárbara d’Oeste (SP)
“Meu neto tem uma vida normal”
“Quando minha filha engravidou pela terceira vez, fiquei muito preocupada. Seu útero tinha varizes. Ela poderia ter hemorragias. O médico havia desaconselhado a gestação, inclusive. Mas o problema que aconteceu foi outro. Ao ver meu neto, Luís Otavio, minutos depois do nascimento, percebi que ele estava um pouco mais roxinho que o normal. Conversei com os médicos, e eles disseram que ele tinha nascido sem um pedaço grande do intestino e que a única solução seria operá-lo. Disseram também que dificilmente ele suportaria a cirurgia. Tinha apenas doze horas de vida. Na hora fui à capelinha do hospital e pedi à beata Dulce que tivesse misericórdia do meu netinho. Ele não só sobreviveu como tem uma vida normal. Os médicos ficaram impressionados. Ele foi abençoado por um milagre. Não consigo dizer o nome da minha santa sem chorar.”Ieda Vilma da Silva Borgognoni, 75 anos, com a filha Daniele, 37, e o neto Luís Otavio, 1 ano e 7 meses. Jaguariúna (SP)
“As bonecas espalham fé”
“Meu pai tinha Parkinson. Cheguei a deixar minha cidade para ficar com ele, em São Paulo. Durante uma internação, ouvi dos médicos que não havia mais nada a fazer. Eles me pediram autorização para dar uma injeção que o levasse ao fim. Não entendo de medicina, sabia que seu estado era grave, mas senti que não era a hora de ele ir embora. Eu não disse nada. Simplesmente rezei à irmã Dulce, de quem sou devota há muito tempo, com todo o fervor. Pedi simplesmente que meu pai nos deixasse apenas na hora certa. No dia seguinte, o médico que cuidava dele foi substituído no hospital — e o novo doutor teve outra postura. Meu pai viveu por mais dois anos. Hoje passo o dia fazendo bonecas da minha santinha para dar de presente a amigos e parentes.”Isaura Nogueira, 63 anos. Jaguariúna (SP)
Publicado em VEJA de 16 de outubro de 2019, edição nº 2656
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