Agora vai!

Reforma Trabalhista irá gerar perda anual de R$ 30 bi para a Previdência

Além dos efeitos negativos que deverá produzir sobre a qualidade dos empregos no país, a Reforma Trabalhista que entrou em vigor em novembro também deverá ocasionar elevada perda de arrecadação do INSS, agravando ainda mais a estrutura de financiamento da Previdência Social brasileira.
De acordo com os resultados de uma simulação realizada por um grupo de pesquisadores do Instituto de Economia da Unicamp (leia aqui), a cada trabalhador assalariado com carteira assinada que migrar para a condição de pessoa jurídica (Simples ou Mei) a Previdência Social perderá em média R$ 3.727,06 por ano. Isso significa que se 1% dos assalariados formais for atingido pela pejotização, haverá um impacto negativo na arrecadação previdenciária da ordem de R$ 1,5 bilhões por ano.
Por outro lado, é de se esperar algum aumento de arrecadação decorrente da formalização de trabalhadores que hoje nada contribuem para a Previdência (trabalhadores por conta própria ou assalariados sem carteira) e que agora poderão vender seus serviços na condição de PJ (Pessoa Jurídica), contribuindo assim com o INSS. O impacto desse grupo de possíveis formalizados, entretanto, é muito pequeno e insuficiente para compensar as perdas mencionadas anteriormente. Segundo o estudo, a cada 1% de trabalhadores informais (assalariados ou conta própria) que for formalizado por conta da pejotização, corresponderá um aumento de arrecadação de apenas R$ 185 milhões.
Claro que é ainda cedo para dizer como avançará o processo de pejotização no Brasil, isto é, quanto dos trabalhadores serão convertidos em pessoa jurídica e qual o contingente (formal ou informal) que será mais afetado. Porém, à luz do que ocorreu em outros países, é possível imaginar que nos próximos anos a pejotização avance sobre 10% a 20% da força de trabalho que hoje é assalariada com carteira, o que significará perdas de grande monta no financiamento da Previdência.
No estudo da Unicamp, três cenários foram testados: em um primeiro, supondo uma pejotização de 20% dos assalariados formais e uma incorporação de 5% dos informais como PJ’s, o saldo líquido estimado seria de uma queda de receita previdenciária de aproximadamente trinta bilhões de reais, isto é, 0,5% do nosso PIB! No segundo cenário, supondo uma pejotização e uma formalização da mesma monta, na casa dos 10%, a perda anual seria de R$ 13,5 bilhões. Já no terceiro cenário, projetando uma tímida pejotização (5%) e uma formalização bem mais intensa (20%), o saldo líquido seria ainda negativo, com uma redução de quatro bilhões de reais anuais para o financiamento da Previdência Social.
Ou seja, independentemente do cenário que venha a se confirmar, a Reforma Trabalhista deverá produzir estragos bilionários nas contas da Previdência Social brasileira, debilitando ainda mais suas bases de financiamento. Além de óbvia demonstração de irresponsabilidade fiscal, é mais um ataque ao Estado Social que foi consagrado pela Constituição Federal de 1988 e que tanto incomoda as forças que promoveram o impeachment de Dilma Rousseff.

Era isso que voces queriam?

Em plena seca, Temer faz corte de 92% no Programa Cisternas

O governo ilegítimo de Temer anunciou um corte de 92% no orçamento do Programa Cisternas do Ministério de Desenvolvimento Social para o próximo ano. A seca no Nordeste é historicamente um problema social que atinge 23 milhões de brasileiros, muitos dos quais compartilham de histórias de fome, sede e migração devido à impossibilidade de continuar em suas comunidades em épocas de seca no passado.
O Programa Cisternas, iniciado pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) no começo dos anos 2000, é o resultado de uma tecnologia social que surgiu de experiências locais com a participação da sociedade civil e se tornou um programa de governo devido ao seu maior êxito, que foi possibilitar à população do semiárido a convivência com a seca.
Na prática, as cisternas são construções de cimento ao lado de casas de famílias que moram em zonas rurais do semiárido e tinham dificuldade de acesso à água devido à característica de municípios pequenos e domicílios difusos, dificultando soluções tradicionais de abastecimento público de água.
Essas construções armazenam a água da chuva e possibilitam que uma família de até cinco pessoas possa utilizar a água para consumo humano durante oito meses em período de seca. Também existe a modalidade de cisternas para a agricultura familiar e criação de animais para possibilitar que as famílias rurais mantenham as condições básicas de alimentação para o sustento no período da seca.
A importância do programa foi reconhecida na COP 13 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) como uma política de sucesso, sobretudo no contexto das mudanças climáticas previstas para o futuro. O programa foi contemplado com o segundo lugar no Prêmio Internacional de Política para o Futuro 2017 (World Future Council).
Desde o seu início, o Programa Cisternas possibilitou a cinco milhões de pessoas o acesso a água potável por meio da construção de mais de um milhão de cisternas entre tecnologias voltadas para o consumo humano, produção de alimentos e cisternas escolares. Segundo a ASA, ainda há a necessidade da construção de 350 mil novas cisternas, no entanto com o corte previsto só seriam possível construir cinco mil cisternas, bem no momento em que o semiárido vive a maior seca dos últimos cem anos.

Águas do Velho Chico

Projeto São Francisco amplia abastecimento de água em Pernambuco

 - Os moradores do município de Floresta, no interior de Pernambuco, vão receber nos próximos dias reforço no abastecimento de água nas suas casas. Após autorização do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, as equipes técnicas do Ministério abriram nesta sexta-feira (17) as comportas do reservatório Muquém do Eixo Leste Projeto de Integração do Rio São Francisco. Com isso, o 'Velho Chico' beneficiará a população da cidade com 30 mil habitantes, sendo 20 mil na zona urbana e 10 mil na área rural. O trabalho foi coordenado pelo secretário de Infraestrutura Hídrica da Pasta, Antônio de Pádua.
O açude Muquém vai disponibilizar a água do Rio São Francisco ao Riacho Vassoura, que a conduzirá até a barragem Barra do Juá, que tem capacidade máxima de acumular até 71 milhões de metros cúbicos de água. De lá, o 'Velho Chico' irá perenizar o Riacho do Navio até chegar à cidade de Floresta.
O trajeto possui 80 quilômetros e a expectativa é de que leve pelo menos 30 dias para contemplar Floresta (PE). Os povoados de Airi e Varjota e sete assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na região também serão beneficiados.
Muquém é o quinto portal oficial de entrega de água do Eixo Leste do Projeto São Francisco, dos 12 reservatórios distribuídos ao longo dos 217 quilômetros desse trecho. Atualmente, o empreendimento já beneficia 35 mil pessoas da cidade pernambucana de Sertânia, por meio da barragem Campos, localizada no mesmo município.
No total, o Eixo Leste é composto por 12 reservatórios, seis estações de bombeamento, cinco aquedutos, uma adutora e um túnel.
Garantia de abastecimento
Em abril deste ano, o Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco evitou o colapso hídrico em Campina Grande - a segunda maior cidade do estado da Paraíba. Desde então, cerca de um milhão de pessoas em 32 municípios são beneficiadas com as águas do 'Velho Chico' na Paraíba e em Pernambuco.
Além do Leste, o Projeto São Francisco possui outro eixo de transferência de água: o Norte, com 260 quilômetros de comprimento. Juntos, somam 477 quilômetros que vão garantir o abastecimento de 12 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Troca de endereço

EMBRAPII e Banco do Nordeste assinam acordo para financiamento de projetos de inovação
Acordo beneficia empresas da região Nordeste que desejam capital de investimento em PD&I. 

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) assinam acordo de cooperação na próxima segunda-feira (20/11), em Brasília, às 15h, com o objetivo de facilitar o financiamento de projetos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) das empresas industrias região Nordeste. Por meio do acordo, o BNB vai oferecer crédito de longo prazo para empresas aptas a receberem recursos não reembolsáveis da EMBRAPII.

A ideia é garantir recursos para que empresas possam financiar a contrapartida fianceira que o modelo EMBRAPII exige. O diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães, explica que as Unidades EMBRAPII identificaram projetos de PD&I muito bons, com boas perspectivas de mercado, mas que acabavam não sendo executados, em função da falta de recursos das empresas. “A EMBRAPII atua financiando um 1/3 do projeto com recursos não-reembolsáveis, mas, mesmo assim, muitas ideias não são postas em prática por falta de capital das empresas. Os empresários não dispunham do valor necessário para financiar a parte dele no projeto. Agora, com a parceria do BNB, estamos oferecemos uma oportunidade para viabilizar a execução da ideia”.

As duas instituições vão trabalhar para aproximar as empresas da região Nordeste com Unidades EMBRAPII detentoras de conhecimentos técnico-científicos e experiência no desenvolvimento tecnológico e de inovação, de modo a incrementar a geração de negócios para a diversificação econômica regional.  “Acreditamos que o acordo será um estímulo à indústria do Nordeste a inovar e a executar seus projetos e, assim, impulsionar o desenvolvimento econômico” analisou.
A parceria entre a EMBRAPII e o BNB se soma a uma série de iniciativas voltadas a aumentar a competitividade da indústria nacional e a facilitar acesso a crédito com mais agilidade e menos burocracia. Acordos semelhantes foram firmados com outras instituições financeiras, dentre elas o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além do credenciamento da EMBRAPII no Cartão BNDES. Com isso, as micros, pequenas e médias empresas apoiadas pela EMBRAPII podem ter a contrapartida dos projetos financiada por meio do cartão. 

Os empresários de micro e pequenas empresas (MPE) e o microempreendedores individuais (MEI), também contam com os benefícios do contrato entre a EMBRAPII e o Sebrae, que amplia o limite de recursos não-reembolsáveis para o desenvolvimento de projetos de inovação industrial. 

Serviço: Assinatura de acordo de cooperação para financiar projetos em PD&I
Data:  20 de novembro, às 17 horas
Local:   Scs - QD 2 lt T115 bl .c - Brasília, DF, 70675-135

Bom dia

Sábado, 18 de Novembro de 2017.
Santo do dia: Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo, Apóstolos; Santo Odon, abade
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 18,1-8
Primeira leitura: Sabedoria 18, 14-16; 19, 6-9
Leitura do Livro da Sabedoria:

14Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, 15a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável; 16defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. 19,6Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. 7Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram em campo verdejante, 8por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas. 9Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Opinião

Livro de Amós
 
Situando-nos, historicamente, dentro da mensagem bíblica, Amós foi um pastor de ovelhas, na cidade de Judá, chamado por Deus para anunciar a sua proposta em Israel. Isso ocorreu em 750 antes de Cristo, durante o reinado bastante próspero de Jeroboão II. A situação de Israel evidenciava um progresso material significativo, porém concentrado numa minoria de privilegiados. Em nome de Deus, o “Profeta da Justiça” (Amós), denunciou a injustiça, a opressão e as ações corruptas. “Em vez disso, quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr”(Am 5:24). Sua missão foi extremamente difícil e arriscada, pois enfrentou nações e pessoas poderosas, tanto do ponto de vista político, como econômico. Dizem os estudiosos que o livro de Amós não é o primeiro, ao considerarmos a literatura profética, mas a sua leitura permite compreendermos outras profecias. Ademais, podemos concluir que um profeta assimila uma mensagem divina e a transmite a outras pessoas. As palavras anunciadas pelos profetas são eternas, não possui uma data limite. Referindo-se, especificamente, a Amós deduzimos que suas apreensões não se limitavam a Israel. São válidas até hoje e no futuro também as serão. Ao condenar a corrupção, a opressão e a injustiça, está mostrando a desonestidade, a ganância, a falta de liberdade, de solidariedade, de humildade, enfim de amor. Para refletir, vale lembrar Montesquieu: “O pior governo é o que exerce a tirania em nome das leis e da justiça” e o nosso saudoso Ulysses Guimarães: “A corrupção é o cupim da república”.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC 
Ex Governador do Ceará e meu amigo

Bobeou, dançou!

A Caixa, detentora da conta do Município do Ico, pagou ontem a folha do pessoal. Manteve o dinheiro apreendido, por erro do banco e provocou profundo mal estar na comunidade icoense. Como disse aqui no primeiro instante, a Caixa vai perder a conta provavelmente para o Banco do Brasil ou pro Bradesco.
Não se permite que algo assim se repita. Daí que, quem aprende com a história não a deixa ser repetida.